Vila de Paranapiacaba concorre a Patrimônio da Humanidade
A Vila de Paranapiacaba, a 50 quilômetros da capital paulista, passa por reformas com o objetivo de ser declarada patrimônio da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O local integra a lista indicativa brasileira de patrimônio mundial da entidade e recebe incentivo do Programa de Aceleração do Crescimento-Cidades Históricas para que 250 imóveis sejam restaurados.
A vila é um distrito do município de Santo André, no estado de São Paulo. Com características inglesas, foi criada em 1860 com a instalação de um acampamento de trabalhadores para a construção da primeira ferrovia do estado de São Paulo, que ligou o Porto de Santos ao interior. A ferrovia começou a funcionar em fevereiro de 1867, o que deu grande impulso para a economia da região. O café, que era transportado no lombo de burros, passou a levado mais rápido e com menos perdas por meio dos trens.
Atualmente a biblioteca, a garagem das locomotivas, os galpões das oficinas de manutenção e o almoxarifado da antiga ferrovia estão em processo de restauração. A previsão é que as obras de restauro dos imóveis comece no segundo semestre deste ano, de acordo com o secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio. As reformas deverão ser concluídas em três anos.
Para que a vila receba o título efetivo de patrimônio da humanidade, é necessário que o local esteja íntegro e original. “Vamos esperar as obras de restauração. Precisamos envolver o maior número de pessoas possível, porque é importante que a sociedade participe desse processo, e também montar um dossiê detalhado, que será analisado pela Unesco”, contou Ricardo. A fase seguinte é a visita de um representante da Unesco para avaliação do patrimônio.
Além disso, o secretário ressaltou que, para ser considerado patrimônio, o local precisa ter importância para todo o mundo. “O valor universal da vila é a tecnologia usada no meio do século 19 para vencer a Serra do Mar [Santos-Jundiaí] com uma linha férrea”, disse. Ele acrescentou que a tecnologia foi muito avançada para aquele período e que foi um desafio percorrer a Serra do Mar por meio de um trem.
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