Chuva prejudica, mas não desanima foliões em bloquinhos de Brasília
Os blocos menores, concentrados em áreas residenciais ou destinados a públicos específicos, foram os que mais sofreram com a chuva que caiu em ritmo alternado ao longo da tarde de hoje (26) em Brasília. Tímidos, os foliões deixaram para sair de casa já no fim da tarde, o que não é comum na capital.
Vinícius Gomes e Maiara Araújo que foram para o Bloco do Amor, voltado para o público LGBT, que desfila na avenida S2, no coração do Plano Piloto. Apesar de o início dos festejos estar marcado para as 15h, os dois chegaram só por volta das 18h.
“A chuva dificulta, mas não impede. Dá aquela preguicinha de sair de casa, mas no fim a gente só atrasa e acaba vindo”, conta Vinícius. Apesar da presença dos foliões, Maiara concorda que o tempo acaba prejudicando a festa. “Estamos chegando agora porque estávamos esperando a chuva passar”, diz.
No Agoniza, Mas Não Morre, bloco pequeno, mas que desfila há anos na Asa Sul, o público também atrasou por causa do clima. Marcado para começar às 14h, a banda só começou a tocar às 16h. Mesmo assim, para muito menos gente que o previsto. “Esperávamos 6 mil pessoas. Devem ter 2 mil no máximo”, disse o organizador Marcos Osório.
Mesmo assim, ele acredita que vale a pena o esforço de um ano inteiro para fazer a folia acontecer em dia de carnaval. “Este é o único bloco destinado aos moradores da Asa Sul, foi feito por quem mora por aqui [na região da quadra 313], com muita criança e família”, diz.
A economista Fernanda Reginatto, 30 anos, chegou mais cedo para o Agoniza, mas viu que a chuva, de fato, prejudicou a animação do bloco. “Vim a esse bloco há dois anos e estava lotado, mas tinha sol”, conta.
Em outros blocos, maiores, no entanto, o clima chuvoso não espantou os foliões. O Raparigueiros e a Baratona, blocos tradicionais de Brasília, lotaram a parte sul do Eixão, principal avenida que corta as asas do Plano Piloto.