Rio registra 23 estabelecimentos comerciais como patrimônio cultural imaterial
Instituições tradicionais do centro do Rio, como a Confeitaria Colombo, A Mala Ingleza, o Rio Scenarium, o Angu do Gomes, o Bar Brasil, a Gráfica Marly, a Tabacaria Africana e a Charutaria Syria, estão entre os 23 estabelecimentos comerciais da região que o prefeito Marcelo Crivella registrou como Patrimônios Culturais de Natureza Imaterial da cidade. Segundo a prefeitura, o decreto publicado hoje (1º) busca requalificar os negócios tradicionais da área do chamado Rio Antigo.
A decisão do prefeito levou em consideração convênio firmado entre o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), que fizeram estudos visando à preservação do comércio do centro da cidade, considerado referência cultural do município.
A lista inclui 21 comércios tradicionais do centro da cidade, um no bairro da Saúde e um na Gamboa, ambos localizados na zona portuária.
Reconhecimento
Para o presidente do Polo Rio Antigo, Carlos Thiago Cesário Alvim, o reconhecimento vem em boa hora porque a associação iniciou há mais de 20 anos a revitalização da região central, que se tornou símbolo da cultura da carioca e berço da boemia, sendo muito procurada por turistas e moradores da cidade.
“Apesar de todas as dificuldades que o empresariado enfrenta, ficamos muito honrados por este reconhecimento, que nos dá fôlego e robustez para continuar lutando pela nossa região e pela nossa cidade. Temos, entre as casas reconhecidas, os fundadores do Polo Novo Rio Antigo, o que faz esse título ainda mais especial para a gente. Esperamos que esse reconhecimento como Patrimônio Cultural traga mais atenção do Poder Público para a região e estimule ainda mais o fluxo de visitantes”, disse Alvim.
A prefeitura advertiu que o estabelecimento que não mantiver as características que o identificaram como representativo de atividade econômica tradicional e notável poderá ter o registro como bem cultural cancelado. Isso poderá acontecer também se o comércio encerrar suas atividades. Nos dois casos, a decisão caberá ao Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural, informou a prefeitura.
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