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Economia

Levy pede que empresários ajudem a reduzir consumo de água e energia

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/02/2015 - 17:51
Brasília

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu que os empresários se engajem em uma campanha para fazer a população reduzir o consumo de água e de energia, informou a presidenta do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Helena Trajano. Acompanhada de uma comitiva de empresários varejistas, ela se reuniu durante duas horas, na tarde de hoje (12), com o ministro da Fazenda.

Segundo a presidenta do IDV, o setor varejista pode contribuir com a economia de energia. “O ministro disse que podemos ajudar a fazer uma campanha para a população não desperdiçar [energia]. Temos uma linha direta com o consumidor e podemos pedir que ele economize energia. Já estamos fazendo isso em São Paulo”, afirmou a empresária.

A situação da economia e as perspectivas para o consumo em 2015 foram os principais temas do encontro. Para o IDV, a redução da burocracia é o principal caminho para reduzir os custos dos lojistas e restaurar a confiança dos empresários, em um ano em que o governo corta benefícios fiscais e aumenta tributos.

“Existem pequenas medidas que desburocratizam, diminuem custos. E, para o varejo, qualquer diminuição de custo é importante. Vamos montar um comitê para ajudar a simplificar o país”, explicou Luiza Trajano.

Para o vice-presidente do IDV, Flávio Rocha, a melhoria do ambiente de negócios é essencial para aumentar a competitividade da economia brasileira e evitar demissões. “A complexidade da legislação tributária, de questões ambientais e de defesa do consumidor criam um ambiente que abala a confiança em novos investimentos”, explicou. “O varejo tem feito sua parte, e a década tem sido excepcional [para os lojistas], mas 2014 foi o pior ano da história.”

Na avaliação de Luiza Trajano, o varejo só não vai demitir em 2015, se a confiança na economia se recuperar. Apesar das perspectivas de que o ano terá baixo crescimento e alta inflação, ela disse acreditar que as vendas melhorarão quando os investimentos privados voltarem a crescer. “Concordamos que é preciso se comunicar mais claramente, tanto o governo quanto nós. A onda de otimismo vai sair na medida em que as coisas começarem a acontecer”, disse a empresária.