Lucro da Caixa cresce 5,5% e chega a R$ 7,1 bilhões em 2014

No quarto trimestre, o lucro totalizou R$ 1,8 bilhão, 5,1% a mais que

Publicado em 12/02/2015 - 14:06 Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O lucro da Caixa Econômica Federal aumentou 5,5% em 2014, em comparação com o ano anterior, com um valor de R$ 7,1 bilhões. No quarto trimestre do ano, o lucro líquido totalizou R$ 1,8 bilhão, 5,1% a mais do que no mesmo período de 2013, revela balanço divulgado hoje (12) pela Caixa na capital paulista.

De acordo com o presidente da Caixa, Jorge Hereda, o resultado se deve “à estratégia exitosa” estabelecida pela direção do banco, que considerou haver grande potencial de crescimento. “Nosso objetivo tem como limite o ano de 2022. Queremos chegar lá como um dos três maiores bancos do país.”

Com essa finalidade, explicou Hereda, a Caixa tem investido no aumento da capacidade de atendimento, com a criação de mais de 1.400 agências e a contratação de cerca de 17 mil funcionários. “Além disso, completamos nosso portfólio, entrando em alguns mercados com parcimônia. Tínhamos necessidade de trabalhar com produtos de crédito agrícola, para que as agências nas cidades que têm esse potencial pudessem competir e trabalhar com esses clientes”, disse ele.

Outra informação do balanço é que a carteira de crédito ampliada chegou a R$ 605 bilhões, com crescimento de 22,4% em 12 meses e de 5% no semestre, e foi responsável por 36,1% do crescimento do mercado de crédito nos últimos 12 meses, com participação de 19,8% ao final do ano. O saldo alcançado pela Caixa no ano passado chegou a R$ 1,1 trilhão em ativos próprios, 4,5% mais do que no terceiro trimestre e 24% mais do que em 2014.

Conforme o balanço, a Caixa contratou R$ 5 bilhões em crédito rural até dezembro de 2014, R$ 3 bilhões a mais do que o registrado no ano anterior. O saldo da carteira somou R$ 4,9 bilhões. As contratações acumuladas até dezembro de 2014 somaram R$ 502,9 bilhões, 6,8% a mais do que o registrado no período anterior. As operações habitacionais representaram 25,6% desse total, com mais de 6 mil novos contratos firmados todos os dias. As contratações em infraestrutura cresceram 11,7%.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, durante entrevista coletiva sobre as ações de repressão a crimes contra programas habitacionais do governo (José Cruz/Agência Brasil)

Caixa manteve liderança em crédito habitacional, diz o  presidente   Jorge  HeredaJosé Cruz/Agência Brasil

No que se refere ao crédito habitacional, a Caixa informa que, no ano passado, continuou liderando o mercado, com 67,7% de participação e saldo de R$ 339,8 bilhões, aumento de 25,7% em 12 meses.

Em 2014, foram contratados 128,8 bilhões, com destaque para os contratos com recursos Caixa/SBPE, que somaram R$ 79,4 bilhões, com alta de 13,3% na comparação com 2013. As operações que usaram  recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) totalizaram R$ 40,9 bilhões e aquelas com outros recursos, R$ 8,5 bilhões.

No Programa Minha Casa, Minha Vida, foram assinados contratos no valor de R$ 35,9 bilhões, com um total de 389,2 mil unidades habitacionais. Desse valor, 35,6% foram destinados para a faixa 1 do programa, que atende a pessoas com renda até R$ 1,6 mil.

Hereda destacou que, em 2014, a Caixa manteve a qualidade da carteira de crédito, com 80% dela sendo de baixo risco. Os dados mostram que o índice de inadimplência fechou 2014 em 2,56%. “A Caixa está abaixo dos níveis de mercado. Estamos atentos e trabalhando com relação a isso. Foram tomadas providências para acompanhar, controlar e atuar mais forte nisso. Nos próximos meses, vamos continuar com a inadimplência baixa e sob controle.”

O balanço mostra também que a carteira de crédito comercial atingiu saldo de R$ 190,3 bilhões, com evolução de 10,8% em 2014, sendo R$ 94 bilhões em pessoa física e R$ 96,3 em pessoa jurídica (crescimento de 16,2% e 6%).

O presidente da Caixa explicou que, durante a crise econômica em 2011, o banco enxergou uma boa oportunidade de ganhar mercado: “Usamos as características que já tínhamos, mas que podiam ser destacadas com melhores condições e taxas para os clientes. Transformamos o nosso papel como banco público em estratégia de negócio e ocupamos espaço dando crédito para pessoas que poderiam ser beneficiadas, mas não eram por falta de apetite do mercado.”

Edição: Jorge Wamburg

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