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Economia

Afif assume Sebrae e defende liberar compulsório de bancos para setor produtivo

Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/10/2015 - 17:30
Brasília

Brasília - O ex-ministro Guilherme Afif Domingos e atual presidente do Sebrae fala à imprensa após reunião do Conselho Deliberativo Nacional da entidade (Valter Campanato/Agência Brasil)

Após reunião do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae, Guilherme Afif Domingos falou com a imprensa sobre seus objetivos à frente da entidadeValter Campanato/Agência Brasil

Ex-ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos assumiu hoje (29) a presidência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Entre os objetivos iniciais à frente da entidade, ele destacou a defesa que fará no governo para liberação de parcela dos compulsórios dos bancos - depositados como garantias ao setor financeiro - para o setor produtivo.

“Está ocorrendo algo que não ocorria há tempos. Em setembro, o desemprego começou a atingir as micro e pequenas empresas. Apesar de o saldo estar positivo em 109 mil vagas no acumulado do ano, 29 mil postos foram fechados em setembro. Está muito difícil captar dinheiro em bancos para capital de giro”, afirmou Afif.

“A liberação desse compulsório é a saída. Não para o consumo, mas para produção, para sustentar o processo produtivo.” disse Afif Domingos. 

Afif disse acreditar que o país tem condições de superar a atual crise, que, segundo ele, é mais política que econômica. “Estamos passando por uma crise política, que resulta em consequências econômicas por influenciar [negativamente] a expectativa do consumidor e do produtor. Economistas do exterior têm declarado que o Brasil não está tão ruim assim e que o pessimismo está exagerado”, acrescentou.

“A meu ver, crise é muito bom, pois nos leva a fazer mais com menos. Aumenta a eficácia e o foco. É desafio e oportunidade. A hora é de discutirmos formas e facilidades para acesso ao crédito. Isso pode ajudar o país a sair da crise. Sobre juros, minha posição é clara. São pornográficos, especialmente para micro e pequena empresas”, concluiu.