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Economia

Centrais, empresários e entidades civis lançam proposta para retomar crescimento

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/12/2015 - 14:59
São Paulo

As seis centrais sindicais do Brasil – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) – associadas com entidades empresariais e representantes da sociedade civil lançaram hoje (3), na capital paulista, um documento propondo diretrizes para a retomada do crescimento econômico.

O texto, chamado de Compromisso pelo Desenvolvimento, a ser entregue à presidenta Dilma Rousseff no dia 9 de dezembro, reúne conjunto de medidas para alavancar a economia do país.

Entre as ações propostas estão medidas para estimular a geração de empregos, maior oferta de crédito para consumo e capital de giro para as empresas retomarem os níveis de produção, especialmente no setor da construção civil.

O texto pede, ainda, a manutenção dos investimentos na cadeia produtiva da Petrobras e agilidade nos acordos de leniência com 29 empresas impedidas de exercer suas atividades devido às investigações da Operação Lava Jato.

As centrais sindicais defendem que a corrupção seja investigada e combatida, mas sem que as atividades das empresas investigadas sejam paralisadas. Pedem ainda que as obras paradas sejam retomadas,  com a manutenção dos empregos e da segurança jurídica dessas empresas.

O representante da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Francisco Mazinho, disse que não se pode virar s costas para a realidade do país com perda de empregos e estagnação de alguns setores. “A construção, por exemplo, é a mola propulsora da economia. Há duas atividades primordiais para o crescimento de um país, que são a agricultura e a construção civil. É difícil vermos situações como a deste momento”. Ele destacou a necessidade de parceria entre sindicatos e empresariado.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, destacou  o setor de confecção, que emprega diretamente mais de 1,6 milhões de pessoas. “Neste momento, não podemos compactuar e aceitar o que está acontecendo. O item número um é a confiança de que seremos capazes de construir um país justo, digno e industrializado. Não podemos dar como perdido o ano de 2016”.

Antonio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, classificou a data de hoje como histórica, porque representa um pacto entre os trabalhadores e empresários, para acabar com a instabilidade do governo. “É preciso que apresentemos a solução. Temos que dar um basta na dívida pública e fazer uma auditoria. Temos que mostrar ao governo a necessidade de empenho da iniciativa pública e privada para a retomada do desenvolvimento.”