Percentual de famílias endividadas sobe pela primeira vez no ano
![Rovena Rosa/Agência Brasil Movimento no comércio da Rua 25 de Março no mês do Natal](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![São Paulo - Movimento no comércio na rua 25 de Março, região central (Rovena Rosa/Agência Brasil)](/sites/default/files/atoms/image/rvrs_22122017dsc_1641.jpg)
Cartão de crédito é o principal compromisso financeiro para 76,4% das famílias com dívidas
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou em março pela primeira vez no ano, atingindo 25,2%, uma alta de 0,3 ponto percentual. A constatação é da Pesquisa de Envidamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada hoje (4), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Ela aponta o cartão de crédito como o principal compromisso financeiro para 76,4% das famílias endividadas.
O percentual das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, passou de 9,7% em fevereiro para 10% em março, apresentando queda em relação aos 10,4% de março de 2017.
Para a economista Marianne Hanson, da CNC, a alta é influenciada pelo efeito sazonal provocado pelos gastos de fim de ano. “O efeito sazonal do comprometimento de renda com gastos extras de início de ano influencia esse resultado”, afirmou.
O estudo aponta, no entanto, que a proporção de famílias endividadas se manteve estável nos 61,2% de fevereiro, o mesmo não acontecendo quando a comparação é com março do ano passado, com o indicador subindo 0,4 ponto percentual.
Depois do cartão de crédito, responsável pelos 76,4% do endividamento das famílias, vêm os carnês, com 16,6% e, em seguida, o crédito pessoal, que responde por 10,4% do endividamento familiar.
Nível de endividamento cresce
Os dados da publicação da CNC indicam que a proporção das famílias que se declararam muito endividadas também aumentou em relação a fevereiro, passando de 13,6% para 14,1% do total de entrevistados, uma alta de 0,5 ponto percentual. Já na comparação anual, houve queda de 0,6 ponto percentual nesta proporção dos muitos endividados.
Neste último caso, segundo Marianne Hanson, a retração decorreu “da queda das taxas de juros e da recuperação da renda do trabalho que têm favorecido uma recuperação gradual em algumas modalidades de crédito, o que impacta diretamente o endividamento”.
Já do ponto de vista do prazo do endividamento, o tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas ficou, em março, em 64,4 dias, inferior aos 64,8 no mesmo período do ano passado.
Em média, segundo a CNC, o comprometimento com as dívidas foi de 6,9 meses, sendo que 31,3% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 20% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais, abrangendo cerca de 18 mil consumidores.
![Reuters/Jon Nazca/Proibida reprodução Calor em Granada, na Espanha
22/7/2024 REUTERS/Jon Nazca](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Defesa Civil de SP/Divulgação Peruíbe (SP), 09/01/2025 - Casas alagadas por conta das chuvas no litoral paulista. Foto: Defesa Civil de SP/Divulgação](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Maxwell Briceno/Reuters/direitos reservados María Corina Machado discursa durante protesto em Caracas
09/01/2025
REUTERS/Maxwell Briceno](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![REUTERS/Sergio Moraes/Proibida reprodução Supermercado no Rio de Janeiro
14/03/2020
REUTERS/Sergio Moraes](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Leonardo Fernandez Viloria/Reuters/proibida reprodução Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
14/12/2024
REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)