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Economia

China é o principal destino das exportações brasileiras, aponta FGV

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/11/2019 - 13:04
Rio de Janeiro
Atracação de navios no Caís do Porto do Rio de Janeiro, guindaste, container.
© Arquivo/26.07.2012/Tânia Rêgo/Agência Brasil

A China é o principal destino das exportações brasileiras, segundo o Indicador de Comércio Exterior (Icomex), da Fundação Getulio Vargas (FGV), com 27,8% dos produtos exportados pelo Brasil. A diferença para o segundo colocado, os Estados Unidos, ficou em 14,7 pontos percentuais. A participação da China no comércio exterior brasileiro supera até a do bloco da União Europeia, que soma 16,3%. Os dados foram divulgados hoje (13).

A recessão na Argentina influenciou o percentual de 4,4% daquele país. Esse resultado é o segundo menor na série histórica, que começou em 2000. O outro desempenho desfavorável foi em 2002. Com queda no PIB de 10,9%, a participação da Argentina nas exportações brasileiras ficou em 3,8%.

O indicador, que calcula de forma mais detalhada o nível de atividade dos setores produtivos, analisa dados da Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e da Argentina. Além desses países, que compõem o grupo Demais da América do Sul, o Icomex inclui informações da China, dos Estados Unidos e da União Europeia. De acordo com a FGV, esses países/regiões somam 69,6% das exportações totais brasileiras no acumulado do ano até outubro. No mesmo período as importações representaram 66,9%.

Balança comercial

O Icomex indica que os superávits da balança comercial do Brasil são influenciados pelo comércio exterior com a China. No acumulado até outubro, o saldo da balança somou US$ 34,9 bilhões. Só com a China, foi US$ 21,4 bilhões. O grupo Demais da América do Sul teve saldo de US$ 6,4 bilhões e a União Europeia de US$ 2 bilhões.

Apesar de ser o principal mercado das compras externas brasileiras, a diferença dos percentuais nas importações da China no mês é menor em relação aos Estados Unidos e a União Europeia. No caso da América do Sul, a diferença é de 8,6 pontos percentuais.

Recuo

Segundo a FGV, os volumes exportados caíram em todos os mercados, com exceção dos Estados Unidos, que registrou aumento de 13,3%. A queda de 10% nos preços das exportações no período favoreceu o aumento de 2% no valor exportado, apesar da elevação em mais de 10% no volume. O petróleo foi o principal produto exportado, seguido das semimanufaturas de aço. Os destaques da lista das principais exportações com variação positiva são a gasolina (332%), o etanol (25%) e outras manufaturas (44%). Para a China, o volume exportado caiu 2,8% e a Argentina, que enfrenta recessão, registrou queda de 35,9% no volume e 38,4%, em valor.

O maior aumento nas importações foi registrado com os Estados Unidos, que tiveram de 13% de elevação no volume, seguido da China com 1,6% e recuo nos demais mercados. A principal importação do Brasil dos Estados Unidos são os óleos combustíveis e o principal produto exportado o petróleo bruto.

Na visão da FGV, o resultado mostra um comércio associado à questão da infraestrutura de refino no território brasileiro.