Estoque de crédito fica estável em janeiro, diz Banco Central

Volume de crédito soma R$ 4,671 tri, o que equivale a 53,3% do PIB

Publicado em 24/02/2022 - 11:38 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Banco Central (BC) informou hoje (24), em Brasília, que o estoque de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou estável em janeiro na comparação com dezembro de 2021. O volume de crédito no mês passado foi de R$ 4,671 trilhões, o que corresponde a 53,3% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país.

A taxa de juros média anual nas operações de crédito ficou em 25,3% em janeiro, um aumento de um ponto percentual (pp) em relação a dezembro último. No período de 12 meses, houve recuo de 5,2 pp.

Nas operações de crédito com recursos livres, a taxa média de juros alcançou 35,3% em janeiro, uma alta de 1,5 pp em relação a dezembro. No período de 12 meses, a taxa de juros teve uma alta 6,9 pp em relação a janeiro do ano anterior.

Nas operações com pessoas jurídicas, a taxa média de juros situou-se em 21,3%, um aumento de 1,6 pp no mês e de 6,1 pp em 12 meses.

Nas operações de crédito realizadas com as famílias, a taxa média de juros atingiu 46,3%, alta de 1,3 pp em relação a dezembro de 2021 e de 6,9 pp no período de 12 meses.

Recursos livres às famílias

O BC disse, ainda, que o crédito com recursos livres às famílias somou R$ 1,5 trilhão no mês, mantendo a trajetória de crescimento observada nos meses anteriores, com elevações de 1% no mês e 23,8% em 12 meses.

Entre as principais modalidades, destacaram-se as elevações nas carteiras de crédito pessoal não consignado (3,5%), de cartão de crédito rotativo (8,6%), e de cheque especial (13,6%), as duas últimas influenciadas por fatores sazonais.

Já o saldo das operações de crédito com recursos livres para pessoas jurídicas alcançou R$ 1,3 trilhão em janeiro, redução de 1,8% no mês e alta de 16,5% em doze meses, desacelerando em relação ao mês anterior (17,3%). 

Ainda segundo o BC, esse desempenho decorreu, em grande parte, da redução sazonal das carteiras de antecipação de faturas de cartão de crédito e de desconto de duplicatas.

O crédito direcionado totalizou R$1,9 trilhão em janeiro, com acréscimos de 0,3% no mês e de 10,9% em relação a janeiro de 2021. O crédito direcionado às empresas caiu 1% no mês e 0,7% em 12 meses, atingindo R$ 679 bilhões, enquanto o crédito direcionado às famílias somou R$ 1,2 trilhão, alta mensal de 1% (+18,6% em 12 meses).

Em janeiro, a inadimplência média das operações de crédito ficou em 2,5%, um aumento de 0,2 pp em relação a dezembro e de 0,4 pp na comparação interanual.

Edição: Kleber Sampaio

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