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Economia

Professoras da USP criam projeto de mentoria para mulheres economistas

Objetivo é ajudar jovens profissionais a entrar no mercado de trabalho
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/04/2022 - 08:02
São Paulo
Retorno das aulas presenciais na Universidade de São Paulo - USP.
© Rovena Rosa/Agência Brasil

Um grupo de professoras da Universidade de São Paulo (USP) criou um grupo de mentoria para ajudar jovens economistas a entrar no mercado de trabalho. A iniciativa surgiu a partir do grupo de estudo EconomistAs, que faz pesquisas sobre questões de gênero na Faculdade de Economia e Administração da USP.

“A gente sempre desenvolveu algumas iniciativas de mentoria para as alunas de pós-graduação da faculdade, mas tínhamos vontade de fazer um programa mais estruturado”, explica uma das coordenadoras do grupo, a professora Paula Pereda. Parceria firmada com uma plataforma vai permitir a conexão entre os mentores e as jovens profissionais.

São aceitas estudantes ou recém-formadas em economia, até cinco anos após a conclusão da graduação ou da pós (mestrado e doutorado). Os mentores, no entanto, podem ser de qualquer gênero, necessitando apenas de experiência profissional suficiente para auxiliar na inserção das iniciantes na profissão.

Segundo Paula, o projeto tem estrutura com roteiro para a mentoria, formação para os mentores, abordando conteúdos pré-definidos. “Além de aumentar a rede de contatos dos mentores, gerar um networking, a ideia é trabalhar a autoestima e as aspirações de carreira”, detalha.

Serão oferecidas abordagens diferentes para profissionais que querem trabalhar em empresas privadas ou no setor público e para aquelas que preferem seguir carreira acadêmica. “As mentorias vão ser separadas por experiência no setor privado e interesses acadêmicos. Então, vamos ter mentores acadêmicos e mentores que trabalham no setor privado e público, fora da academia”, acrescenta Paula.

O projeto pretende atingir jovens profissionais de localidades com menos disponibilidade de oportunidades. “Alunas de universidades mais renomadas, como a USP, já têm acesso à nossa rede. Então, a ideia é expandir um pouco para as que ficam fora do eixo Rio-São Paulo”, acrescenta a coordenadora.

No futuro, o grupo espera ampliar a proposta para outros com dificuldade de acesso, como pessoas negras.

Até o momento, já se inscreveram mais de 100 profissionais interessadas em receber o apoio e 30 dispostos a serem mentores.

O formulário de inscrição do programa ECONecta está disponível na página do grupo EconomistAs.