Dólar tem maior alta diária em seis meses e fecha a R$ 5,30

O dólar teve a maior alta diária em seis meses, e a bolsa de valores teve a maior queda desde novembro do ano passado em um dia de nervosismo no mercado financeiro. O real desvalorizou-se mais que as moedas dos principais países emergentes a seis dias do segundo turno das eleições presidenciais.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,303, com alta de R$ 0,155 (+3,01%). A cotação abriu em R$ 5,21 e operou em alta durante toda a sessão, até fechar na máxima do dia.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 1,7% em outubro. Em 2022, o recuo chega a 4,9%.
O mercado de ações também teve um dia de turbulência. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.013 pontos, com queda de 3,27%. Foi a maior baixa diária desde 26 de novembro de 2021.
O índice foi puxado para baixo por Petrobras e Banco do Brasil, que estão entre os papéis mais negociados na bolsa. As ações ordinárias (com direito a voto em assembleia de acionistas) da Petrobras caíram 9,89%. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) recuaram 9,2%.
Dois fatores contribuíram para a queda na bolsa. O primeiro foi a concessão de um terceiro mandato para o presidente chinês, Xi Jinping. Embora a China tenha divulgado crescimento de 3,9% no terceiro trimestre, acima das previsões, existem temores de que a política nacionalista e de lockdowns para conter a pandemia de covid-19 pressione a segunda maior economia do planeta no médio e no longo prazos.
O segundo fator foi a proximidade do segundo turno das eleições presidenciais. A proximidade das eleições costuma provocar volatilidade nos ativos nos dias anteriores à votação.
*Com informações da Reuters
