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Economia

CVM cria balanço de sustentabilidade para empresas de capital aberto

Prestação de contas é voluntária e pode ser feita a partir de 2024
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 20/10/2023 - 13:38
São Paulo
São Paulo (SP) 20/10/2023 - Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala à imprensa ao lado do Presidente da CVM João Pedro Nascimento (Fora do quadro), sobre resolução relacionada ao Plano de Transformação Ecológica. 
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentou nesta sexta-feira (20) a resolução para que empresas de capital aberto e fundos de investimento possam prestar contas publicamente em relação à sustentabilidade. Os relatórios poderão ser apresentados a partir do ano que vem de forma semelhante à divulgação dos balanços contábeis, seguindo, inclusive, a mesma periodicidade.

Segundo o presidente da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento, a prestação de contas será feita, inicialmente, de forma voluntária. Porém, a proposta é que, a partir de 2026, esses indicadores sejam apresentados por todas as empresas de capital aberto.

“A gente está trabalhando para trazer legitimidade e, por isso, a gente vai ouvir os parceiros privados. A gente acredita que vamos conseguir fazer isso em tempo, de tal maneira que em 2026 isso seja obrigatório”, disse.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o país será pioneiro em estabelecer indicadores que permitam aos investidores e à sociedade comparar as empresas pelo ponto de vista da sustentabilidade. “É uma coisa muito nova, tanto é que o Brasil é o primeiro país signatário dessas regras, embora o G20 tenha validado essa instituição”, disse.

Na avaliação do ministro, uma maior transparência em relação a forma de produção das empresas tende a agregar valor aos produtos brasileiros. “O mundo não tem energia limpa, essa que é a verdade. A Ásia é uma indústria a céu aberto, né? Maior vai ser o nosso mercado potencial internacional quanto mais nós demonstrarmos o nosso compromisso ambiental. Isso para mercados relevantes, como o dos Estados Unidos e Europa, vai ser, cada vez, mais fundamental. Então, o Brasil tem que sair na frente mesmo”, disse.