Chuva e engarrafamento atrasam candidatos no primeiro dia do Enem no Rio
O tempo chuvoso e os engarrafamentos foram os vilões citados por candidatos que se atrasaram para o primeiro dia do Enem no Rio, neste sábado (5). Eles chegaram após o fechamento dos portões e nem o choro, nem as reclamações comoveram os fiscais, que foram irredutíveis. Agora, os estudantes terão de esperar mais um ano para novamente tentar o ingresso na universidade.
É o caso da jovem Camila Ferreira, que foi de ônibus com a mãe, a auxiliar de enfermagem Roberta Chagas. A moça ainda tentou argumentar que faltava um minuto para o portão fechar. Camila tentava o Enem para direito. “Eu estava no ônibus, já era meio-dia, mas havia muito engarrafamento”, justificou a moça.
“Não era 1h ainda, o portão estava aberto e o fiscal a barrou. Ela faz faculdade em uma universidade privada e agora queria fazer para uma pública”, disse Roberta, enquanto consolava o choro da filha, do lado de fora do campus da Universidade Veiga de Almeida, na Tijuca, zona norte.
Outro que se atrasou foi David de Andrade Beyer, que tentava entrar para biologia. “Eu estudei pra caramba, mas em um momento de atraso, por questão de segundos, eles não me deixaram entrar. É isso aí, agora só no próximo ano. É humilhante, é triste”, disse David.
Mesmo quem ia fazer o Enem só para ganhar experiência também sentiu a sensação de ver o portão fechado. “Ia fazer só para testar conhecimento mesmo. Mas teve muito trânsito, tudo parado. Não teve como. Eu vim correndo, mas não deu. Ano que vem, vou sair às 10h de casa e ficar aqui desde as 11h. Estou péssima. Eu queria muito”, afirmou Giulianna Trindade Ávila.
Outros passaram sufoco minutos antes do portão fechar, como foi o caso de Franciele Maria da Silva, que só percebeu que não estava com o documento de identidade, obrigatório para acessar o local da prova, quando chegou ao campus. “A sensação é horrível. A gente espera um tempão, faz o possível e o impossível, e chega na hora [acontece isso]. Que seja feita a vontade de Deus”, lamentou, quando chegou sua irmã, de táxi, trazendo a identidade, menos de cinco minutos antes do portão fechar.