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Educação

Evento incentiva estudantes a conhecerem a UFRJ

Programação vai de 9 a 11 deste mês
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/05/2023 - 11:15
Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio de Janeiro
© Divulgação/Universidade Federal do Rio de Janeiro

De volta ao formato presencial, após a pandemia da covid-19, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza, na Cidade Universitária, no período de 9 a 11 deste mês, o evento Conhecendo a UFRJ 2023. O horário de funcionamento será de 9h às 17h, diariamente. A última edição presencial do evento aconteceu em 2019.

Mais de 5 mil estudantes de 153 escolas públicas e privadas do ensino médio e de cursos pré-vestibular agendaram visitas à universidade, onde poderão conhecer os mais de 170 cursos de graduação oferecidos e os múltiplos ambientes do conhecimento.

Em todos os dias de evento, haverá mesas de conversa com representantes da UFRJ e secretários municipais do Rio de Janeiro, com o tema UFRJ: do acolhimento à inclusão.

Mundo novo

A pró-reitora de Extensão da UFRJ, Ivana Bentes, lembrou, em entrevista à Agência Brasil, que durante a pandemia a instituição chegou a realizar o evento de modo virtual. “Mas não é a mesma coisa. São mais de 5 mil estudantes que vêm nos nossos ônibus para o campus da Cidade Universitária, passeiam, vão nos estandes dos cursos, ouvem palestras, conhecem os laboratórios da UFRJ. Realmente, a UFRJ se materializa para uma quantidade gigante de estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares que, muitas vezes, nunca botaram o pé em uma universidade. É o primeiro momento de contato direto com uma universidade pública e é uma coisa mágica essa visita, porque põe a universidade no horizonte desses jovens”, disse Ivana.

Durante as atividades, os estudantes conhecem o mercado de trabalho para os variados cursos oferecidos pela UFRJ. “Abre aquele mundo de possibilidades para os estudantes, que não conhecem determinado campo da produção do conhecimento, que será apresentado nos estandes por alunos da universidade. Isso é legal porque são os próprios alunos da UFRJ apresentando os cursos nos estandes, em uma linguagem jovem, falando com outros jovens”.

As palestras, em geral, são dadas pelos coordenadores dos cursos. Há abertura para perguntas no final das apresentações.

Segundo destacou a pró-reitora de Extensão, as informações fornecidas permitirão aos estudantes definir qual curso vão querer fazer. “Ainda mais em uma universidade pública e gratuita, como a UFRJ”.

Os estudantes terão contato também com cursos exclusivos da UFRJ ou recentes no mercado de trabalho. É o caso de graduações em engenharia matemática, expressão gráfica e teoria da dança.

Continuidade

As escolas que não conseguiram fazer seu agendamento prévio continuarão a ser atendidas ao longo do ano, no UFRJ Continuado, disse Ivana. De acordo com a pró-reitora muitos dos participantes de edições passadas do Conhecendo a UFRJ são atualmente alunos dos cursos de graduação.

As atividades estarão distribuídas pela Cidade Universitária, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Centro de Letras e Artes (CLA), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Centro de Tecnologia (CT).

Além dos estandes dos cursos, a programação inclui oficinas, visitas guiadas a laboratórios e apresentações culturais, além dos ambientes tecnológicos, de pesquisa, de empreendedorismo, de extensão e a pós-graduação. “Entrar para a universidade não é só fazer graduação. É um mundo que se abre para você. Você muda sua vida quando entra para a universidade”, disse.

Vagas ociosas

Ivana Bentes disse que, com a pandemia, todas as universidades públicas tiveram um grande problema, que foi o aumento de vagas ociosas. Hoje, são mais de 19 mil vagas ociosas em todo o Brasil. “Isso é preocupante, porque o jovem diminuiu a expectativa dele em relação à universidade”.

De acordo com Ivana, um evento como esse coloca o horizonte da universidade de novo junto do estudante, o sonho de ter experiência no exterior, a ascensão social, através da educação, do conhecimento, de oportunidades. “Essa questão me parece muito importante para combater esse tipo de horizonte negativo que ocorreu durante a pandemia, não só para os estudantes, mas também para os pais”, disse Ivana.