TRE-RJ faz auditoria nas urnas eletrônicas a serem usadas amanhã

Tribunal pede que eleitores usem máscaras na hora de votar

Publicado em 14/11/2020 - 18:06 Por Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) fez hoje (14) a distribuição de urnas eletrônicas do polo do Jardim Botânico, na zona sul da cidade, para os locais de votação. 

Para o vice-presidente e corregedor do TRE-RJ, desembargador Cláudio Luís Braga Dell’ Orto, que acompanhou o trabalho, as palavras de ordem para a eleição deste domingo são gratidão e esperança. A gratidão para agradecer a todos os colaboradores,  mesários, funcionários do TRE, às pessoas que ajudaram a colocar os nomes dos candidatos e dos eleitores nas urnas eletrônicas, disse.

O magistrado acrescentou que é preciso também agradecer aos eleitores que amanhã vão comparecer com toda segurança e tranquilidade para votar. “Estão construindo a democracia brasileira, uma democracia jovem, que tem tudo para ser justa e igualitária e despida de qualquer forma de preconceito”, afirmou.

O vice-presidente do TRE-RJ disse ainda que há o desejo de que a segurança seja o ponto forte dessa eleição, porque o país está no meio de uma pandemia. 

“É importante que o eleitor compareça com a sua máscara, que leve a sua caneta, se apresente ao presidente da mesa receptora observando o distanciamento na fila. Feita a identificação, ele irá à cabine, antes higienizando as mãos com o álcool em gel que estará disponível. Vota e depois higieniza novamente as mãos e poderá, então, retirar o comprovante de votação, se houver necessidade”, disse.

Segundo o corregedor, como a votação é eletrônica, a comprovação pode ser obtida depois no aplicativo e-título. “Temos hoje o sistema do e-título, um aplicativo que todos podem baixar na loja do celular, do smartfone. É grátis e depois [podem] obter ali a certidão de quitação eleitoral, o que vai levar à comprovação de que votou e participou desse momento importante da consolidação da democracia brasileira”, acrescentou. 

Auditoria

Ainda neste sábado, o TRE do Rio sorteou as 15 urnas que, durante o período de votação, serão usadas na Auditoria de Votação Eletrônica, realizada pela primeira vez neste formato nas eleições de 2018. 

A intenção é que seja comprovada a coincidência entre os resultados obtidos nos boletins de urna, emitidos pelas urnas eletrônicas auditadas, e nos relatórios gerados pelo sistema informatizado de apoio à Auditoria de Votação Eletrônica, conforme as cédulas da auditoria e o registro digital dos votos apurados.

Distribuição das urnas eletrônicas para os locais de votação no Rio de Janeiro
Distribuição das urnas eletrônicas para os locais de votação no Rio de Janeiro - Fernando Frazão/Agência Brasil

Todas as etapas do procedimento de auditoria são filmadas e acompanhadas por uma empresa de auditoria independente, contratada, por meio de licitação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para fiscalizar os trabalhos de auditoria. Na auditoria para verificação da autenticidade e integridade dos sistemas realizada na Seção Eleitoral, a meta é verificar a autenticidade, que são as assinaturas digitais e a integridade, que são os resumos digitais dos softwares instalados nas urnas.

No procedimento é feita a auditoria para verificação do funcionamento das urnas eletrônicas sob condições normais de uso, antes chamada de votação paralela. O trabalho é realizado pela Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (Cave), composta por seis servidores da Justiça Eleitoral e presidida por um juiz de direito. Eles são previamente designados pelo presidente do TRE-RJ. Além disso, na própria seção eleitoral será feita a auditoria para verificação da autenticidade e integridade dos sistemas.

“É uma das etapas importantes de todo esse processo de eleição e escolha dos nossos representantes”, disse o presidente do TRE-RJ, desembargador Cláudio Brandão de Oliveira.

Confiabilidade

A auditoria é aberta ao público e conta com a presença de representantes de partidos políticos, Ministério Público (MP) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Conforme o TRE-RJ, esse é um dos mecanismos criados pela Justiça Eleitoral para comprovar a confiabilidade do sistema de votação, mostrando à sociedade que a urna eletrônica é transparente e segura.

Das 15 urnas do processo de auditoria, já preparadas para a votação oficial, as cinco primeiras são submetidas a uma auditoria de funcionamento das urnas eletrônicas sob condições normais de uso auditadas, em ambiente controlado pela Cave. As demais são submetidas à auditoria mediante verificação da autenticidade e integridade dos sistemas. Elas são auditadas, pelos respectivos juízes eleitorais nos locais de votação.

Ainda de acordo com o TRE-RJ, na realização da auditoria para verificação do funcionamento das urnas eletrônicas sob condições normais de uso, cédulas de papel são previamente preenchidas com números de candidatos concorrentes ao pleito, por representantes dos partidos políticos, e depositadas em uma urna. “No dia e hora da votação oficial, os servidores que integram a equipe de apoio à comissão digitarão esses votos tanto nas urnas eletrônicas sorteadas quanto em um sistema de informática específico que computará os votos consignados em paralelo”, informou.

Edição: Kleber Sampaio

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