Confederação Africana de Futebol suspende torneio entre seleções

Com sede em Camarões, competição seria em abril

Publicado em 19/03/2020 - 11:50 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

A Confederação Africana de Futebol (CAF) suspendeu a realização do Campeonato Africano de Nações, que seria disputado entre 4 e 25 de abril em Camarões. A medida é preventiva à pandemia do novo coronavírus (covid-19), que nos últimos dias registrou aumento significativo de casos registrados no continente.

Mais de 600 pessoas foram infectadas na África até esta quinta (19), com 17 mortes. O Brasil, inclusive, enviará uma equipe de profissionais a países lusófonos do continente para ajudar a organizar resposta à pandemia após pedido do escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo a CAF, a junta médica da entidade e um representante da OMS concluíram que, apesar de a África ainda apresentar um índice “relativamente baixo” de propagação da Covid-19 em comparação com outras partes do mundo, “é difícil prever a evolução nos próximos dias”. A confederação também avaliou que as medidas restritivas e de precaução tomadas pelos governos dificultam a movimentação de pessoas de um lugar para outro.

Sede do evento, Camarões anunciou o fechamento das fronteiras na última terça (17). O país tem 10 casos confirmados da doença, com o primeiro reportado no último dia 6.

Ao contrário da Copa Africana de Nações, marcada para 2021 também em Camarões, o Campeonato de Nações é voltado só a jogadores que atuam nos respectivos campeonatos nacionais. O torneio foi criado para dar oportunidade a atletas que jogam em clubes do continente, já que os principais nomes do futebol da África estão distribuídos em clubes europeus. Na última edição, em 2018 no Marrocos, a equipe da casa foi campeã.

Além do país-sede Camarões, estão classificados Congo, República Democrática do Congo, Ruanda, Tanzânia, Uganda, Líbia, Marrocos, Namíbia, Zâmbia, Zimbábue, Guiné, Máli, Burkina Faso, Níger e Togo.

Edição: Fábio Lisboa

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