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Número de pessoas que deixaram as casas após chuvas em Juquiá (SP) chega a 480

Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/02/2014 - 12:24
São Paulo

O número de pessoas que tiveram que deixar as casas em decorrência das chuvas no município paulista de Juquiá, no Vale do Ribeira, foi atualizado para 480 na manhã de hoje (18), segundo informou a prefeitura. Após recontagem dos atingidos pelo temporal, o total de desalojados - as pessoas que optam por ficar na casa de parentes ou amigos - passou de 135 para 465. Além disso, 15 pessoas desabrigadas - que não foram para outras casas - foram acolhidas em prédios públicos. O governo municipal calcula que 60% da área da cidade foram atingidos, afetando 1.245 pessoas. A prefeitura decretou estado de emergência ontem (17).

As chuvas no último fim de semana fizeram com que o Rio Juquiá ficasse aproximadamente 7 metros acima do nível normal, que é 3 metros. A altura das águas já baixou 10 centímetros, de acordo a medição feita às 17h15 de ontem (17). Cinco casas com risco de deslizamento estão sendo avaliadas pela Defesa Civil. Além disso, pelo menos 35 barreiras dificultam o deslocamento em estradas da zona rural.

No município de Miracatu, que também enfrenta as consequências das chuvas e decretou estado de emergência no sábado (14), um helicóptero da Polícia Militar chegará ao local na tarde de hoje (18) para levar água e alimento para três bairros que estão ilhados. Ontem, o Corpo de Bombeiros conseguiu acessar algumas localidades dos bairros Faú, Teagem e Jaraçatiá, na zona rural, mas ainda há comunidades desassistidas.

O nível do Rio São Lourenço, que corta a cidade, chegou a subir 7,36 metros. Ele começou a baixar, segundo a prefeitura, atingindo 7,14 metros. Em apenas três dias, da noite de sexta-feira (14) até segunda-feira (17), o volume de precipitações chegou a 485 milímetros, quando a média histórica para todo o mês de fevereiro é 249 milímetros.

Mais de 600 famílias tiveram as moradias afetadas em Miracatu. De acordo com a prefeitura, 102 famílias estão abrigadas em centros comunitários, escolas e igrejas, enquanto 504 famílias optaram por se instalar na casa de parentes. O governo municipal também decretou estado de emergência.