Médicos fazem ato em SP contra os planos de saúde
Mil balões brancos serão soltos hoje (7) às 11h, na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, região central para marcar o engajamento dos médicos, fisioterapeutas e dentistas ao Dia Nacional de Protesto Contra os Planos de Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Paralelamente ao ato, esses profissionais foram convidados a doar sangue. A coleta ocorreria na própria APM, mas por motivos técnicos, segundo a entidade, os doadores estão sendo orientados a fazer a doação na Santa Casa de Misericórdia ou no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
A mobilização inclui ainda a suspensão por um dia no atendimento de consultas aos pacientes vinculados aos planos de saúde. Foram mantidos, contudo, os procedimentos cirúrgicos inadiáveis e encaminhamentos de casos de urgência. “A intenção não é prejudicar a população”, disse Florisval Meinão, presidente da APM . Ele recomenda que consultas e cirurgias eletivas sejam remarcadas.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), informou que as reivindicações são: o acesso pleno dos pacientes à assistência de qualidade, o fim das interferências das operadoras no exercício da medicina, além da valorização de honorários de consultas e procedimentos.
Em entrevista à Agência Brasil, Florisval Meinão contestou hoje (7) informações dadas, na sexta-feira (4), pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) , segundo a qual nos últimos cinco anos houve um reajuste de 50% nos honorários desses profissionais, acima da inflação acumulada no período de 31%.
“Não é bem assim. De fato tivemos negociações, mas com aumentos que não foram lineares e nem concedidos por todas as operadoras. Continuam defasados vários procedimentos como os cirúrgicos e o valor de uma consulta na cidade de São Paulo chega a R$ 70,00, enquanto no interior fica entre R$ 25,00 e R$ 30,00”, apontou ele.