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Polícia impede invasão do Secovi em São Paulo

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/06/2014 - 18:21
 - Atualizado em 18/06/2014 - 19:40
São Paulo

Após uma hora de caminhada, manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) chegaram por volta das 16h10 de hoje (18) à sede do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi) para fazer um protesto.

Na chegada à sede do Secovi, os manifestantes tentaram invadir o prédio, mas a polícia  estava posicionada para impedir a entrada dos sem-teto.

Os sem-teto pedem urgência na votação do Plano Diretor da cidade e dizem que o sindicato defende as construtoras, prejudicando os interesses do movimento. O MTST reivindica mais áreas destinadas à moradia popular. A Polícia Militar estimou que 3 mil pessoas tenham participado do ato.

“Temos um Plano Diretor que será votado, no qual a área da Copa do Povo ficou de fora. O que acontece é que grandes incorporadoras e construtoras são contrárias ao elenco de áreas de Zeis [zonas especiais de Interesse Social] porque diminuem seu faturamento”, disse Jussara Basso, uma das líderes do MTST.

Durante a manifestação, os policiais multaram motoristas, que estavam no sentido oposto da Avenida 23 de Maio, por imprudência. “Muitos condutores estavam simultaneamente dirigindo e fazendo imagens da manifestação. Isso é infração de trânsito”, explicou Watanabe.

De acordo com Jussara Basso, a votação do Plano Diretor pelos vereadores de São Paulo deve ocorrer entre os dias 24 e 25 de junho.

O Secovi-SP disse, em nota, que trabalha para viabilizar o acesso à moradia digna a todos os cidadãos paulistas e paulistanos. O texto ressalta que o sindicato tem exercido seu direito de participar de assembleias, audiências, debates e apresentação de propostas para aprimoramento do plano diretor “de forma transparente e pública”.

“Muitas das sugestões apresentadas pelo Secovi-SP se destinam a tornar factível a produção de Habitação de Interesse Social. Ressaltamos nosso repúdio a ações que descumpram a lei e perturbem a paz social”.

*Texto atualizado às 19h40 de hoje (18) para inclusão da resposta do Secovi-SP