Temendo o trânsito, trabalhadores se apressam na volta para casa em Brasília
Trabalhadores da capital federal saíram apressados da zona central da cidade hoje (4), para evitar tumulto e congestionamentos em dia de jogo da seleção brasileira. Na Esplanada dos Ministérios, onde os funcionários de órgãos públicos cumpriram expediente até a hora do almoço, o fluxo começou a crescer às 11h30 e, às 12h15, o acesso ao Eixo Monumental, uma das principais vias da região central da capital, estava engarrafado. Pontos de ônibus ficaram lotados. Na Rodoviária do Plano Piloto, a alguns metros dali, o movimento de pessoas era intenso e as filas para pegar ônibus, grandes. No metrô, embora houvesse muito movimento, não havia fila para comprar os bilhetes nem para acessar as catracas.
Entre os funcionários da Esplanada dos Ministérios, o temor de ficar preso no trânsito era tanto que a maioria das pessoas que se dirigiam para seus carros se recusava a parar para falar com a reportagem da Agência Brasil. O militar Luís Cláudio Souza de Oliveira, 44 anos, justificou a pressa. "Em um dos jogos, demorei uma hora e meia para chegar ao fim da Asa Sul", conta ele, que na ocasião saiu do trabalho às 12h30. Nesta sexta-feira, saiu às 11h50 na tentativa de evitar o trânsito. "Estou correndo. Saí mais cedo um pouquinho, para ver se vai ser melhor", completou.
A servidora pública Ana Thereza Bastos, 38 anos, moradora da Asa Norte, saiu pouco antes do meio-dia, e optou por voltar para casa de ônibus, apesar de nos jogos anteriores do Brasil não ter tido problema usando o carro no trajeto. "Ouvi falar que teve engarrafamento, mas eu saio por trás, pelos anexos [dos ministérios]. Acredito que por isso não houve problema. Em dez minutos eu estava em casa", relata.
A auxiliar de serviços gerais Maria Máxima Gonçalves, 48 anos, se sentia mais tranquila. Moradora do Gama, cidade a aproximadamente 40 quilômetros de Brasília, ela voltaria para casa usando o Expresso DF, veículo que circula em faixa exclusiva. "Eu é que não venho de carro com uma loucura dessas. Com o Expresso, chegando ao aeroporto já pegamos a [via] exclusiva", comentou ela, que seria liberada do trabalho às 12h30.
Preparando-se para embarcar no metrô, a servidora pública Hiolany Maria da Silva Oliveira, 49 anos, acreditava que teria uma viagem normal até Ceilândia, a 26 quilômetros da capital federal. "Da última vez o carro estava um pouco cheio, mas não tumultuado. Também não tem fila [hoje]. A Copa está sendo mais tranquila do que eu imaginava", opinou.
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