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Número de pessoas multadas por urinar na rua no carnaval do Rio aumenta 60%

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/02/2015 - 14:46
Brasília
Rio de Janeiro - Comemorando os 449 anos da cidade do Rio de Janeiro, um dos mais antigos blocos, o Bola Preta, abriu hoje (1º) o carnaval de rua carioca (Tomaz Silva/Agência Brasil)
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Mesmo com aumento de 13% na quantidade de banheiros químicos disponíveis no carnaval de rua do Rio de Janeiro (24.525), o número de pessoas multadas por urinar em vias públicas aumentou 60%. A penalidade custa R$ 170 e é aplicada por agentes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), vinculados ao Programa Lixo Zero, que multa quem joga lixo na rua.

De acordo com a Secretaria Especial de Ordem Pública, 1.151 pessoas foram flagradas urinando na rua entre 24 de janeiro e 18 de fevereiro. No ano passado, 720 multas foram aplicadas no período de carnaval. O número de mulheres multadas em 2015 caiu de 162 para 122 e o de estrangeiros passou de 26 para 17.

O folião Vinícius Coelho, que aproveitou o carnaval no centro da cidade e no Aterro do Flamengo, destacou que os banheiros concentraram-se em pontos específicos, exigindo deslocamento em lugares muitas vezes lotados.

"Pela dificuldade de acesso, vi poucas pessoas fazendo na rua. Acho que não por educação, mas por medo mesmo", disse o professor de física, que elogiou os banheiros, maiores este ano, e o número maior de pontos instalados como na Avenida Presidente Antônio Carlos. "Parecem funcionar melhor. Esse banheiro químico do tipo antigo não dá muita vazão e fica sujo rápido".

Rio de Janeiro - Comemorando os 449 anos da cidade do Rio de Janeiro, um dos mais antigos blocos, o Bola Preta, abriu hoje (1 ) o carnaval de rua carioca (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Número  de  mulheres  e  estrangeiros  multados  por  urinar na rua foi menor este ano Tomaz Silva/Agência Brasil

Para a secretária executiva Camila Cavalcanti, de 25 anos, o maior problema não é falta de banheiros, mas a falta de planejamento de cada um. "As pessoas esperam ficar com muita vontade de urinar para, aí sim, procurar um banheiro químico. Sendo assim, é óbvio que haverá filas grandes e, como a vontade é muito grande, a rua vai acabar sendo a opção."

A foliã reclamou que os banheiros ficaram concentrados em pontos com intervalos muito grandes no trajeto dos blocos. "Eu tinha que me adiantar bem mais na frente do bloco para chegar aos banheiros que ainda estavam vazios. E, por consequência, perdia grande parte da folia."