Polícia apreende segundo suspeito de participação na morte de ciclista no Rio

Publicado em 27/05/2015 - 22:04 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Policiais da Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, apreenderam hoje (27) um outro adolescente, de 15 anos, suspeito de envolvimento na morte do médico Jaime Gold, 57 anos, assassinado quando pedalava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, na terça-feira da semana passada (19).

De acordo com a delegada Patrícia Aguiar, encarregada do inquérito, o adolescente apreendido contou em detalhes como tudo teria ocorrido no dia do crime. Ele disse que o primeiro jovem apreendido em Manguinhos foi quem desferiu os golpes de faca que mataram o cardiologista.

A policial disse que a faca estava com o primeiro adolescente apreendido e, devido à reação do cardiologista, na hora da abordagem, ele esfaqueou o médico pelas costas. Em seguida, os jovens pegaram os pertences da vítima. O adolescente apreendido hoje levou a bicicleta do médico da Lagoa para o bairro do Jacaré, na zona norte. A bicicleta ainda não foi localizada pela polícia.

A delegada informou ainda que a faca suja de sangue foi entregue ao jovem apreendido e que ele se desfez dela na altura do Eixo Maracanã.

A Justiça ouviu hoje o adolescente de 16 anos, preso em Manguinhos, suspeito de participação do assalto que provocou a morte do médico Jaime Gold. Ele negou novamente qualquer envolvimento com o crime. Na audiência no Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria, subúrbio do Rio, a juíza Cristina de Araújo Góes definiu que o jovem continuará mantido internado em uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

A juíza marcará uma nova audiência, ainda sem data definida, quando serão ouvidas as testemunhas e será feita a produção de provas. A defesa do jovem de 16 anos definirá dentro de três dias quem será trazido para depor a favor dele. O advogado de defesa, Alberto Oliveira Junior, disse que as pessoas da comunidade de Manguinhos, onde o adolescente reside com a mãe, acreditam na inocência dele e, se for preciso, alguns moradores do local podem ser chamados para testemunhar a favor dele.

“A gente deixa claro que ele não esteve na Lagoa. Vai ficar provado que ele não estava no local do crime”, disse. “É inconcebível a pessoa ser reconhecida por uma foto”. Ele acredita que foi prematura a apreensão do jovem. “Se ele não fosse negro e pobre, ele não estaria preso.”

Edição: Fábio Massalli

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