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Rio ganha nova unidade de tratamento para dependentes químicos

Da Agência Brasil
Publicado em 30/05/2015 - 12:19
 - Atualizado em 01/06/2015 - 10:46
Rio de Janeiro

A rede estadual de acolhimento de usuários de álcool e drogas será ampliada com a instalação da primeira Unidade Modelo de Acolhimento (UMA), na Fazenda Santa Mônica, no município de Valença, na região do Vale do Paraíba. Com atendimento integral, a UMA será um centro de qualificação de profissionais e estudantes. A unidade terá 100 vagas para homens e mulheres maiores de 18 anos.

Além de capacitar profissionais da área de saúde, o objetivo é orientar todos os atores envolvidos no tema de álcool e drogas, como profissionais de serviço social, terapeutas ocupacionais e outros profissionais.

“Estamos construindo a metodologia para esses cursos e essas formações e fechando parcerias com universidades do entorno”, disse o secretário de Prevenção à Dependência Química, Filipe Pereira.

A secretaria segue a Política Nacional Sobre Drogas, articulada com diversos serviços que existem no estado. Segundo o secretário, o objetivo é a reinserção social de cada indivíduo.

Para contribuir com o acompanhamento dos dependentes químicos, a Fazenda Santa Mônica tem uma infraestrutura com campo de futebol, quadra poliesportiva, fontes naturais e uma grande extensão de área verde, com pomar e horta. “A estrutura oferecida na UMA é fundamental para o desenvolvimento das práticas terapêuticas adotadas pela nossa secretaria", disse Pereira.

A partir dos atendimentos prestados em 2014, a secretaria elaborou um relatório que revela o perfil dos usuários de drogas ilícitas no estado do Rio de Janeiro. De acordo com os números, o crack é a terceira droga mais consumida (21,3%), ficando atrás da cocaína inalada (57,8%) e do álcool (37,1%).

No caso específico do crack, a secretaria apurou que a maioria dos usuários da droga, acolhidos pela rede, se trata na capital (47,7%), é do sexo masculino (79%), não concluiu o ensino fundamental (47%), se declara pardo (42,6%) e tem de 18 a 34 anos (66,2%). A maioria dos usuários (72,9%) não está em situação de rua, embora passe boa parte do tempo nos locais de uso da droga. O estudo foi feito pelo Observatório de Informação e Gestão sobre Drogas do Rio de Janeiro (OGIDERJ), ligado à secretaria.

Em junho, a pasta vai assumir a gestão dos contratos com as instituições que atuam na prevenção e cuidado de crianças e adolescentes usuários de drogas. No estado, existem 40 vagas de acolhimento para o público infantojuvenil. O trabalho de prevenção e cuidado conta com cerca de 400 vagas para Convivência Dia - modalidade que oferece aos adolescentes atividades após o período escolar. As entidades estavam sob competência administrativa da Fundação para Infância e Adolescência (FIA) e agora integram a rede de serviços da secretaria.

“Nossa primeira ação foi visitar todas as instituições. Em seguida, concluímos um relatório e escolhemos as que tinham um trabalho mais próximo do perfil da secretaria”, concluiu o secretário.