Greve de rodoviários afeta parte dos usuários de ônibus em Manaus
Os trabalhadores de empresas de ônibus da capital amazonense entraram em greve nesta segunda-feira (7). Atendendo decisão judicial requerida pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Manaus (Sinetram), 70% da frota estão operando normalmente.
De acordo com o assessor jurídico da presidência do Sinetram, Fernando Borges, a paralisação não está sendo tão percebida no primeiro dia, véspera de feriado. “Com a decisão do tribunal e considerando que hoje é ponto facultativo no serviço público local e início das férias escolares, não se observa tanto o impacto”, afirmou.
Muitos passageiros não sabiam da greve. É o caso da artesã Maria Albanisa Alves. “Só percebi quando entrei no ônibus executivo e o motorista me disse que, se não entrasse, iria demorar muito porque os motoristas estavam em greve. Estava cheio, com muita gente em pé”, destacou.
O corretor de imóveis José Augusto Martins também foi pego de surpresa com a greve dos rodoviários de Manaus. “Fui para parada por volta de 9h30. Fiquei esperando até 11h para pegar o primeiro ônibus. Atrapalha muito. Para quem depende de ônibus, realmente isso é um empecilho. A gente chega atrasado no trabalho e atrasa para atender cliente.”
O motivo da greve dos rodoviários seria o atraso no pagamento de salários. Segundo Fernando Borges, há quatro meses a prefeitura de Manaus não repassa o subsídio para custeio do sistema de transporte público, que corresponde a 15 centavos do valor da tarifa.
Em nota, a prefeitura informou que o último repasse, referente ao mês de outubro, foi realizado pela Secretaria Municipal de Finanças, Tecnologia da Informação e Controle Interno ao Sinetram no dia 11 de novembro. Conforme a nota, estão previstos para dia 10 os repasses referentes aos meses de novembro e dezembro, no valor de quase R$ 1,3 milhão cada.
A reportagem da Agência Brasil ligou, mas não conseguiu contato com o Sindicato dos Rodoviários até a publicação da matéria.
