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Servidores protestam por salário em frente ao palácio do governo no Rio

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 15/12/2015 - 22:23
Rio de Janeiro

Servidores estaduais do Rio fizeram um protesto nesta terça-feira (15), em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Profissionais de diversas categorias, incluindo educação, saúde e segurança, fecharam durante toda a tarde a pista sentido zona sul da Avenida Pinheiro Machado, em frente ao palácio.

Um dos reflexos da crise que atinge o estado é o atraso no pagamento de salários para o funcionalismo e a falta de pagamento às empresas terceirizadas de limpeza, alimentação e segurança, o que vem comprometendo serviços em universidades e hospitais. Uma das unidades atingidas nesta terça-feira foi o Hemorio, que centraliza a coleta e o processamento de sangue no estado, que depois é distribuído a hospitais públicos.

Rio de Janeiro - Servidores públicos estaduais da saúde e educação mais bombeiros protestam contra atraso no pagamentos dos salários em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Servidores públicos do estado do Rio protestam contra atraso no pagamentos dos salários Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta terça-feira, funcionários terceirizados paralisaram os serviços, colocando em risco o funcionamento do Hemorio, caso a paralisação continue. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, tem repetido que tentará pagar os salários e o 13º salário do funcionalismo ainda esta semana. Ele credita à crise econômica e à redução no valor do barril de petróleo, no mercado internacional, como fatores que prejudicaram a economia do Rio, muito baseada na indústria petrolífera.

Enquanto os servidores protestavam do lado de fora do palácio, Pezão recebeu parentes de quatro dos cinco jovens mortos por policiais militares em Costa Barros, na madrugada do último dia 29. Ele reafirmou que o estado permanecerá prestando apoio psicológico às famílias e assegurou rigor na investigação.

No episódio, foram mortos Roberto de Souza Penha e Carlos Eduardo da Silva de Souza, ambos de 16 anos; Cleiton Correa de Souza, 18, Wilton Esteves Domingos Júnior, 20, e Wesley Castro Rodrigues, 25.

Os soldados Antônio Carlos Gonçalves e Thiago Viana Barbosa, o cabo Fabio Pizza Oliveira da Silva e o sargento Marcio Darcy dos Santos estão presos.