Municípios do Amazonas enfrentam praga na lavoura de mandioca

Publicado em 29/03/2016 - 15:09 Por Bianca Paiva – Correspondente da EBC - Manaus

A lagarta da espécie Mandarová já se espalhou por cerca de 1,2 mil hectares, principalmente, da cultura da mandioca

A lagarta da espécie Mandarová já se espalhou por cerca de 1,2 mil hectares, principalmente, da cultura da mandioca Imagem de divulgação/Idam

Uma praga afeta há três semanas as plantações dos municípios de Barcelos, São Gabriel da Cachoeira e Santa Izabel do Rio Negro, no Amazonas. A lagarta da espécie Mandarová já se espalhou por cerca de 1,2 mil hectares, principalmente, da cultura da mandioca. A produção rural de mais de 900 agricultores ficou prejudicada, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).

Esses municípios foram os mais atingidos pela estiagem do rio Negro no início desse ano, o que contribuiu para a proliferação da praga, segundo a engenheira agrônoma do Idam, Anecilene Buzaglo. “A gente supõe isso porque houve uma forte estiagem naquela região. Essas pragas também ocorrem em altas temperaturas e em início de período chuvoso. Isso pode ter provocado um desequilíbrio biológico. Também houve muitas queimadas e os predadores naturais foram se afastando”, explicou Anecilene.

Já sobre os prejuízos que a praga vem causando, a engenheira explica que será feito um levantamento. Ela também conta como a praga está sendo combatida. “Nós utilizamos a catação manual que é um controle cultural. Estamos fazendo indicação para que se utilize a própria lagarta morta naturalmente na plantação. É feito um extrato e aplicado nas áreas de ataque porque essa lagarta tem um vírus que mata ela naturalmente. Mas quando tem dano econômico, isso já não é mais eficiente. Então nós estamos usando produtos registrados no Ministério da Agricultura e também fazendo, em casos pontuais, o controle com defensivos químicos”, afirmou.

A engenheira acredita que, com esses métodos, a praga será controlada, mas haverá um atraso na evolução do crescimento das plantas atingidas. Ela informou ainda que o início do período chuvoso na região do Alto Rio Negro vai ajudar na recuperação das plantações.

Edição: Denise Griesinger

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