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Operação Custo Brasil: advogado deve se entregar hoje à Polícia Federal

Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/06/2016 - 13:23
São Paulo

O advogado Guilherme de Salles Gonçalves, acusado de envolvimento na Operação Custo Brasil, deve se entregar à Polícia Federal (PF) hoje (24), informou a Justiça de São Paulo. A assessoria do escritório Guilherme Gonçalves & Advogados Associados informou à Agência Brasil que ele chega de Portugal no início da noite.

Guilherme, que atuou na campanha da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), estava no exterior quando foi decretada a sua prisão preventiva. Após o depoimento, ele será levado, junto com os outros oito presos, incluindo o ex-ministro Paulo Bernardo, para a superintendência da PF na capital paulista.

Segundo a assessoria de imprensa da Justiça, os depoimentos no prédio da 6ª Vara Criminal Federal começaram às 9h de hoje. Por volta das 12h15, ainda era colhido o depoimento de um terceiro acusado, cujo nome não foi revelado. A assessoria não informou a ordem das audiências.

O ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo, e outros setes presos passaram a noite  na carceragem da Polícia Federal, na capital paulista. Hoje pela manhã, às 8h30, deixaram a sede da superintendência em três viaturas da polícia.

A assessoria de imprensa da PF informou que os acusados prestam depoimentos em audiência de custódia na 6a Vara Criminal Federal em São Paulo, que devem durar o dia inteiro. Depois, retornam para a carceragem da Polícia Federal, onde serão ouvidos.

Ex-ministro do Planejamento e das Comunicações, Paulo Bernardo e outros cinco presos chegaram no início da noite de ontem (23) em São Paulo, em dois aviões, que pousaram no aeroporto de Guarulhos. Além deles, o secretário municipal de Gestão de São Paulo, Valter Correia da Silva, e outro preso já estavam no prédio da PF. Todos passaram a noite em celas.

Acusação

Paulo Bernardo é investigado em um esquema de pagamento de propina - estimado em mais de R$ 100 milhões - para diversos funcionários públicos e agentes políticos na época em que era ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, entre os anos de 2010 e 2015.

A 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo havia ordenado a prisão de 11 acusados de envolvimento no esquema de fraudes no contrato para gestão de empréstimos consignados no Ministério do Planejamento. Um deles, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, já estava preso em Curitiba, e dois, que não tiveram os nomes divulgados, ainda não foram encontrados.