Sepultamentos de vítimas de acidente na Mogi-Bertioga são encerrados em SP

Publicado em 10/06/2016 - 13:53 Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Sebastião (SP)

São Sebastião (SP) - Vítimas do acidente de ônibus na estrada Mogi-Bertioga são enterradas no cemitério municipal em Barra do Una (Rovena Rosa/Agência Brasil)

São Sebastião (SP) - Vítimas do acidente de ônibus na estrada Mogi-Bertioga são enterradas no cemitério municipal em Barra do Una (Rovena Rosa/Agência Brasil)Rovena Rosa/Agência Brasil

Terminou por volta do meio-dia de hoje (10) o sepultamento, em São Sebastião (SP), dos estudantes mortos no acidente da rodovia Mogi-Bertioga, ocorrido na noite da última quarta-feira.

Onze das dezoito vítimas foram enterradas em São Sebastião hoje pela manhã: Gabriela Silva Oliveira dos Santos, Lucas Inácio Alves Pereira, Damião Nunes Braz, Maria Wdirlania Maceno de Sousa, Daniela Aparecida Mota Dias, Daniel de Oliveira Damazio, Rafael Santos do Carmo, Natália Rodrigues Teixeira, Ana Carolina Cruz Veloso, Rita de Cássia Alves de Lima, Camila dos Santos Alves.

O motorista do ônibus, Antônio Carlos da Silva, foi sepultado em São Luiz do Paraitinga (SP), e Sônia Pinheiros de Jesus, em São Paulo. O corpo de Aldo Sousa Carvalho foi levado para o Piauí; de Guilherme Mendonça de Oliveira, para Itaquaquecetuba (SP); de Janaína Oliveira Pinto, para Bituruna (PR); e de Carolina Marreca Benetti, para Ribeirão Claro (PR). O corpo de Daniel Bertoldo ainda aguarda liberação no Instituto Médico Legal do Guarujá para ser cremado.

Revolta

Os sepultamentos em São Sebastião foram marcados pela comoção dos familiares e amigos das vítimas. Parte dos presentes estava revoltada e inconformada com o acidente ocorrido com o ônibus da viação União do Litoral. Ainda sem informações conclusivas, muitos especulavam o que teria sido a causa dos acidentes.

“A cidade toda está muito triste com o que ocorreu. Ninguém sabe ao certo o que fez com que o ônibus tombasse. Nessa hora, acaba sobrando para o motorista, para a empresa de ônibus. Mas nada disso vai trazer os meninos de volta”, disse uma mulher, identificada apenas como Mercedes. Ela acompanhou os sepultamentos.

Em São Sebastião, o maior velório ocorreu em Barra do Una, onde as vítimas foram veladas no ginásio de esportes. Por volta das 9h30, familiares começaram a levar a pé, em cortejo, os caixões em direção à capela Nossa Senhora do Carmo e Senhor Bom Jesus, vizinha do cemitério municipal. Os enterros ocorreram um por vez.

No pátio da capela, alguns familiares que aguardavam pelo sepultamento pediram, em tom de desabafo e revolta, justiça em relação aos responsáveis pelo acidente. Muito comovida, uma mulher, parente de uma das vítimas, disse - em voz alta - que todos sabiam que os ônibus que transportavam os alunos não tinham boas condições.

Nesta madrugada, após comparecer ao velório em Juqueí, o prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi, disse que o ônibus da empresa União do Litoral, envolvido no acidente, fretado pela prefeitura para transportar os estudantes, estava com a documentação e a revisão mecânica em dia.

Edição: Kleber Sampaio

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