Um milhão de pessoas são esperadas em cemitérios públicos da capital paulista

Publicado em 02/11/2016 - 10:37 Por Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Cemitério

O programa Memória & Vida vai levar para os cemitéiros públicos de São Paulo apresentações musicais, peças de teatro e outros eventos culturaisArquivo/Agência Brasil

Uma série de atrações está programada para esta quarta-feira (2), dia de finados, nos 22 cemitérios públicos da cidade de São Paulo, que devem receber a visita de cerca de um milhão de pessoas. O objetivo é fazer uma reverência ao ente falecido que seja menos associada à dor e mais associada à importância que os homenageados tinham em vida.

O programa Memória & Vida vai levar para esses locais apresentações musicais, peças de teatro e outros eventos culturais não apenas no dia de finados, mas ao longo de todo mês de novembro. “Não é para celebrar a morte, mas a vida”, diz Lúcia Salles França Pinto,  superintendente do Serviço Funerário municipal de São Paulo.

O Cemitério da Consolação, por exemplo, o mais antigo dos cemitérios públicos da cidade, revela ao visitante o valor histórico que tem. Além de conhecer a arquitetura e esculturas dos túmulos, o visitantes conta com o guia Francivaldo Gomes, conhecido por Popó, que conta as histórias de personalidades enterradas lá, como a Marquesa de Santos, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.

Independente do dia de Finados, os interessados podem agendar as visitas guiadas sempre às terças e sextas-feira, das 9h às 14h e nas quartas, às 10h, 12h, 14h e 16h.

No mesmo local e na necrópole vizinha, a do Araçá, equipes de saúde pública oferecem serviços como aferição arterial, monitoramento de glicemia e informações preventivas, durante toda a manhã.

Vila Formosa

Em Vila Formosa, o Coral da Guarda Civil Metropolitana, se apresenta nos intervalos das missas no Cemitério Vila Formosa II (Rua João XXIII, 2537),na zona Leste da cidade.

Além dos eventos, Lúcia Salles observou que, a exemplo de outros países, os cemitérios passaram a ser pontos turísticos com densa área verde. Somando todos os endereços existem 3,5 milhões de metros quadrados de área, onde nos últimos dois anos foram plantadas 1,6 mil árvores.

Atendimento mais humano

De acordo com a superintendente, algumas melhorias recentes buscaram humanizar tanto o atendimento aos cidadãos que dependem dos serviços funerário quanto para tornar menos pesado o dia a dia dos trabalhadores.

Ela garantiu que o translado dos restos mortais após a contratação dos serviços está demorando em torno de uma hora e vinte minutos, tempo abaixo dos padrões internacionais, que é de quatro horas. Informou ainda que houve a renovação da frota de veículos com aquisição de 27 unidades funerárias convencionais e mais três de luxo e a contratação de 120 novos motoristas.

Em parceria com o governo do estado, a prefeitura tenta também, há dois meses, combater os atravessadores dos serviços públicos do setor com a adoção da mão de obra de estudantes em atendimentos no Instituto Médico Legal (IML) e na área de verificação de óbito.

Em relação aos empregados dos cemitérios, os servidores tem recebido treinamentos e equipamentos como a substituição de pás na abertura de covas por mini-retroescavadeiras.

Alerta

A prefeitura orienta aos familiares e visitantes dos cemitérios que não utilizem o serviço dos chamados “enxadinhas”, nome dado às pessoas não contratadas pela administração pública que se oferecem para serviços diversos, como limpeza de túmulos ou vigilância em troca de dinheiro.

Edição: Denise Griesinger

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