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Manifestantes quebram vidraça e soltam rojões na fachada da Fiesp

Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/12/2016 - 21:03
São Paulo

Manifestantes ocuparam a Avenida Paulista na noite de hoje (13) para protestar contra a aprovação da PEC que limita o teto dos gastos públicos e pedir a saída do presidente Michel Temer. A marcha, que saiu da Praça do Ciclista, seguia pacífica pela Avenida Paulista, mas quando chegou em frente à sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), um grupo de manifestantes forçou os portões e conseguiu entrar no local, por volta de 19h50.

Depois de passar pelos portões, munidos de pedras e outros objetos, os manifestantes quebraram os vidros de entrada do prédio. Eles também soltaram rojões na fachada do edifício. A Polícia Militar observou de longe a ação, mas não interferiu.

Após o episódio, a manifestação seguiu em caminhada pela avenida no sentido Paraíso, de forma pacífica. O protesto foi encerrado no quarteirão seguinte da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, por volta das 20h30, quando começou a dispersão.

O ato foi organizado pela Frente Povo sem Medo e Frente Brasil Popular. Os manifestantes gritavam palavras de ordem e pediam a saída do presidente Temer. Eles carregavam faixas e cartazes com mensagens como "Fora Temer" e "Diretas Já".

Duas mulheres foram detidas na Avenida Paulista e levadas ao 78º Distrito Policial após a manifestação. Uma menor de idade foi apreendida por desacato e uma maior de 18 anos foi presa por portar fogos de artifício, segundo informações da Polícia Militar (PM).

Após passeata ocorrida da Praça do Ciclista até proximidades da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, houve a dispersão da manifestação por volta das 20h30, no entanto, um grupo de pessoas permaneceu na Avenida Paulista. Segundo a PM, a manifestação foi encerrada totalmente às 22h21.

Fiesp

Em nota, a Fiesp disse que seu prédio foi alvo de um ataque criminoso. O texto diz que “vândalos dispararam dezenas de pedras e rojões contra o edifício, colocando em risco funcionários da Fiesp, do Sesi [Serviço Social da Indústria] e do Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] que saíam do local, além de frequentadores do Centro Cultural Fiesp”.

“A Fiesp lamenta profundamente o episódio. E lamenta ainda mais que uma minoria violenta ainda acredite que a depredação seja uma maneira razoável de manifestar posições políticas ou ideológicas”, diz a nota.

 

Matéria atualizada às 23h46 para acréscimo de informações