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Polícia recaptura 65 presos e identifica 46 corpos de mortos em Manaus

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 05/01/2017 - 14:53
Brasília
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (Divulgação/Governo do Amazonas)
© Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (Divulgação/Governo do Amazonas)

Fachada do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em ManausDivulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas

Sessenta e cinco dos 184 presos que escaparam de unidades prisionais do Amazonas nos primeiros dias do ano foram recapturados até o meio-dia de hoje (5). Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, as forças policiais continuam as buscas pelos 119 foragidos. Barreiras foram montadas em várias regiões da capital, Manaus, e também em rodovias estaduais e na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR).

As fugas ocorreram entre domingo (1º) e segunda-feira (2). Cento e doze detentos escaparam do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) – unidade onde a guerra entre facções criminosas que disputam o controle do narcotráfico na região deixou 56 mortos entre domingo (1º) e segunda-feira (2). Outros 72 apenados fugiram do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).

Segundo a Secretaria de Comunicação do estado, os corpos de 46 vítimas já foram identificados. Desses, 18 foram liberados para as famílias das vítimas: 14 deles são de presos do Compaj e quatro de detentos mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus. Os assassinatos no Puraquequara ocorreram na tarde de segunda-feira (2), horas após o fim da rebelião no Compaj.

A maioria dos corpos já reconhecidos está degolada. Inicialmente, o Departamento de Polícia Técnico-Científica estimou que todo o processo de identificação dos mortos pode levar até um mês.