Empresas pedem garantias para colocar ônibus nas ruas do Rio de Janeiro
O Rio Ônibus (sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro) acionou o Comando-Geral da Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Transportes para garantir a segurança na saída dos ônibus das garagens das empresas e o cumprimento da decisão, de sexta-feira (29), do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, que proibiu, liminarmente, qualquer paralisação de rodoviários do município do Rio de Janeiro de domingo (31) até as 10h da segunda-feira (1).
De acordo com o sindicato, ao contrário de outros modais, os ônibus têm capacidade de transportar todo o público dos eventos da cidade neste fim de ano, sem limite de passageiros, e uma eventual greve “geraria uma sobrecarga na operação de outros meios de transporte”.
A paralisação, em protesto pelo atraso no pagamento de salários, 13º e outros encargos trabalhistas, foi anunciada pelo sindicato da categoria, o Sintraturb, mas após um pedido do Rio Ônibus contra a greve dos empregados das empresas de ônibus, o desembargador Evandro Pereira Valadão Lopes concedeu a liminar proibindo a manifestação. Em novembro, outra paralisação da categoria foi declarada ilegal pela Justiça, que também acatou pedido do Rio Ônibus.
Na decisão, o desembargador considerou a greve “totalmente abusiva, porque não esgotou a via negocial”. Para o caso de descumprimento, determinou multa diária de R$ 100 mil para o Sintraturb. Além disso, poderão ser aplicadas multas individuais de R$ 10 mil ao presidente e diretores e de R$ 1 mil para demais funcionários do sindicato da categoria.
Segundo o Rio Ônibus, “a crise do setor foi agravada, ao longo de 2017, pelo congelamento da tarifa pela Prefeitura em janeiro, e pelas duas reduções no valor da passagem, determinadas pela Justiça.