Jungmann reafirma que atuação das Forças Armadas no Rio continua até fim de 2018

Publicado em 19/12/2017 - 21:56 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que as Forças Armadas cumpriram com o seu papel de colaborar com as forças de segurança do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado no estado. Lembrou que, nas 15 operações integradas realizadas até agora, foram empregados mais de 40 mil militares, e destacou que a atuação integrada dos serviços de inteligência representou uma vitória que levou à prisão de traficantes que eram procurados. Jungmann reafirmou que o Rio de Janeiro vai continuar a contar com o apoio das Forças Armadas no Plano Nacional de Segurança até o fim de 2018.

Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, durante lançamento da segunda etapa de projeto para construção de quatro navios de superfície de alta complexidade tecnológica (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Raul Jungmann falou sobre a segurança do Rio após lançamento da segunda etapa de projeto para construção de quatro navios de superfície de alta complexidade tecnológicaTomaz Silva/Agência Brasil

“Tivemos a prisão do Rogério 157 [Rogério Avelino da Silva, que chefiava o tráfico de drogas na Rocinha], a prisão, no Paraguai, do Piloto [Marcelo Fernando Pinheiro Veiga] que era o grande fornecedor de armas para o Comando Vermelho, e outros que foram identificados e foram presos”, apontou o ministro. Ele participou no Rio da cerimônia para o início do recebimento das propostas das empresas interessadas na construção, no Brasil, de quatro navios de superfície de alta complexidade tecnológica para a Marinha do Brasil.

Jungmann voltou a lembrar que, como tem falado desde o início das operações, no meio do ano, que “não se conseguirá debelar em meses, o que levou décadas para ser construído”, se referindo ao crescimento do tráfico de drogas na cidade. “Estamos fazendo a nossa parte, e achamos, inclusive, que com o pagamento dos salários atrasados, com ampliação das forças policiais de segurança a serem colocadas à disposição do Rio de Janeiro, vamos ter mudanças, como algumas já conquistadas até aqui”.

Para o ministro, embora o programa integrado de segurança no Rio de Janeiro esteja caminhando, é preciso fazer mais, e adiantou que virão novas operações. “O Rio de Janeiro pede e estamos procurando fazer mais. Em breve, os senhores [se dirigindo aos repórteres] vão ter notícias de novas operações. Acho que elas vão dar um salto de qualidade em relação ao que temos obtido até aqui. No caso de roubos de cargas, por exemplo, nas rodovias federais, apreendemos mais de três centenas de drogas, em termos de maconha, de cocaína, além de armas; prendemos bandidos e de fato isso tem significado uma melhoria”, disse.

Jungmann reiterou que a situação do Rio chegou a um ponto em que o crime organizado representa a instalação de um Estado paralelo, em cenário no qual, em alguma medida, parte das instituições se associou ao crime. Por isso, disse que pediu a criação de uma força-tarefa federal que já está atuando nesta área. “Está exatamente, neste momento, desenvolvendo suas investigações, com apoio do Ministério da Justiça, do Ministério da Defesa, das polícias e também da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]. Vamos ter resultados também aí, podem aguardar”, concluiu.

Edição: Davi Oliveira

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