Bebê e universitária vítimas de violência no Rio receberam alta hoje
Dois casos de violência recentes no Rio tiveram desfechos positivos nesta segunda-feira (5). A estudante universitária Larisse Isídio da Silva, de 21 anos, baleada durante um assalto no último dia 21 de janeiro, na praia da Reserva, Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio, deixou hoje o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde estava internada.
A estudante Larisse foi baleada no abdômen quando um policial militar de folga foi assaltado por uma dupla, na areia da praia. Ele pensou que o revólver que um dos criminosos carregava era de brinquedo e saiu correndo atrás dos assaltantes. O rapaz atirou e atingiu a jovem. A dupla conseguiu fugir.
Já na Baixada Fluminense, o recém nascido Antônio, internado há 23 dias após a mãe Michelle Ramos Nascimento, 33 anos, ter sido submetida a uma cesariana de emergência depois de ser atingida na cabeça em uma tentativa de assalto, também recebeu alta. Antônio e Michelle, que inicialmente ficaram internados no Hospital Geral de Nova Iguaçu, haviam sido transferidos para o Hospital de Clínicas Mario Lioni.
A mãe já havia deixado o hospital no dia 24 de janeiro. No dia 12, o carro em que ela, grávida de oito meses, e o marido estavam foi abordado por homens armados em Belford Roxo, que atiraram e atingiram Michelle na cabeça. Antonio recebeu alta sem ter ficado com qualquer tipo de sequela.
Em nota, o Hospital de Clínicas Mário Lioni informa que o recém-nascido Antonio passará por uma reavaliação médica em 10 dias e seguirá com acompanhamento pediátrico mensal em consultório, até os seis meses de idade, conforme protocolo para prematuros.
Fé na recuperação
A fé do marido de Michele, Wallissom Araújo, ao visitar o filho no Hospital Geral de Nova Iguaçu, logo depois do crime, comoveu a todos. Ele disse que o menino se chama Antônio e é o primeiro filho do casal. Quando a mulher estava sendo levada para o hospital, ele segurou suas mãos e disse “você precisa viver para cuidar do nosso filho”.
Segundo ele, o casal estava se preparando para receber o bebê. “Foi tudo planejado, nosso bebê estava para vir em março, o berço tinha acabado de chegar, a gente ia começar a pintar o quarto esta semana. Mas Deus quis ser dessa forma, a gente não tem que questionar Deus, vamos acreditar e eu acredito que tudo vai dar certo”.
Muito emocionado na época, ele agradeceu ao hospital pelo tratamento recebido pela família e manifestou sua certeza de que a mulher e o filho iriam sobreviver. “O quadro dele [do bebê] ainda não teve melhora nem piora, de ontem pra hoje. Tudo o que a maternidade pode fazer, eles estão fazendo, ele recebeu assistência a noite inteira. Eles falaram que agora é só acreditar em Deus e aguardar”.
*Colaborou Raquel Júnia, repórter do Radiojornalismo