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El niño: incêndios na Amazônia liberaram 4 vezes mais CO2 que estimado

Agência EFE
Publicada em 08/10/2018 - 16:42
Londres
Incêndio atinge parte da Floresta Amazônica na Terra Indígena Arariboia, no município de Amarante, no sudoeste do Maranhão
© Prevfogo/Banco de Imagens do Ibama
Agência EFE

Um estudo elaborado pela Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e publicado na revista acadêmica Philosophical Transactions of the Royal Society B mostrou que os incêndios registrados na floresta Amazônica entre 2015 e 2016, causados pelo fenômeno El Niño, emitiram quatro vezes mais dióxido de carbono (CO2) do que o previsto inicialmente em comparação com uma base de dados sobre emissões em nível mundial.

Incêndio atinge parte da Floresta Amazônica na Terra Indígena Arariboia, no município de Amarante, no sudoeste do Maranhão
Incêndio atinge Floresta Amazônica na Terra Indígena Arariboia, no município de Amarante, no sudoeste do Maranhão - Prevfogo/Banco de Imagens do Ibama

O fenômeno do El Niño, que tem relação com o aquecimento do Oceano Pacífico, provocou efeitos devastadores em diferentes locais do mundo entre 2015 e nos primeiros meses de 2016. De acordo com o principal autor do estudo, o professor Kieran Withey, "os incêndios descontrolados nas florestas tropicais úmidas durante secas extremas são uma fonte importante e pouca quantificada de emissões de CO2".

No total, foram analisados 6,6 milhões de hectares, o equivalente a menos de 0,2% da Amazônia brasileira. No entanto, segundo os pesquisadores, os focos registrados nessa região emitiram mais de 30 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, um índice que é de três a quatro vezes maior que o estimado, segundo a base de dados.