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Política

Witzel diz confiar em ministro do STJ que mandou prender Pezão

Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/11/2018 - 12:33
Rio de Janeiro
 O governador eleito, Wilson Witzel (PSC) fala à imprensa após reunião com o interventor federal, general Braga Netto, no Centro Integrado de Comando e Controle.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse hoje (29) que confia no ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Felix Fisher. O magistrado assinou a ordem que levou à prisão preventiva do atual governador do estado Luiz Fernando Pezão (MDB).

"Nao conheço o processo, mas conheço o ministro Felix Fisher. É um magistrado de elevado conhecimento jurídico. Se decretou a prisão, ele o fez porque havia fundamentos suficientes para o seu convencimento. Eu acredito no trabalho da Justiça e da Polícia Federal e tenho certeza que a verdade tem que ser perseguida a todo custo. Atos criminosos têm que ser punidos", afirmou.

Witzel deu a declaração após a solenidade diplomação do Curso de Aperfeiçoamento de oficiais, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). O evento na Vila Militar, no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Pezão foi preso na manhã de hoje (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo fluminense. Ele foi alvo da Operação Boca de Lobo. A prisão foi decretada por Felix Fisher, que acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo Witzel, não haverá prejuízos para o processo de transição. Ele disse que o vice-governador, Francisco Dornelles (PTB), já o convidou para uma conversa. Na ausência de Pezão, Dornelles assumiu o governo. "Vamos afinar com ele as próximas apresentações que serão feitas", acrescentou Witzel.

Ele disse ainda que a Controladoria Geral do Estado (CGE) deverá auditar contratos que foram firmados pelo estado nos últimos anos. "A CGE ficará sobre a responsabilidade do delegado da Polícia Federal, Bernardo Barbosa, e certamente nós faremos auditoria nos contratos. Mas sem paralisar o governo".