Local onde jovem morreu eletrocutada no Rio está irregular
O Corpo de Bombeiros informou hoje (15) que o Terreirão do Samba na Praça XI, na região central do Rio de Janeiro, “está irregular junto à corporação e que também não houve pedido de autorização ao Corpo de Bombeiros por parte dos organizadores do evento deste final de semana”. Na madrugada desse domingo (14), a estudante de odontologia da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Maria Fernanda Ferreira de Lima, 20 anos, morreu eletrocutada ao encostar em uma barra de ferro energizada atrás do palco quando participava de um show no local.
A universitária foi levada às pressas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, mas morreu logo após ser socorrida, vítima de quatro paradas cardiorrespiratórias. Maria Fernanda tinha ido a um show de funk e hip-hop com um grupo de amigos.
A Universidade Veiga de Almeida informou que as aulas do primeiro e segundo períodos da Faculdade de Odontologia foram suspensas hoje (15) e amanhã (16), em sinal de luto pela morte da universitária. O velório e o enterro de Maria Fernanda foi hoje à tarde no Cemitério de Irajá, com o comparecimento de centenas de alunos da universidade.
Em nota, a Universidade Veiga de Almeida manifestou pesar pela morte da aluna. “Assim como familiares e amigos, a UVA está acompanhando e aguardando a apuração e as providências necessárias sobre o caso”.
Em sua página no Facebook, a Puff Puff Bass, organizadora do evento no Terreirão do Samba, informou que, depois dos primeiros socorros no posto médico, Maria Fernanda foi levada com vida pela equipe médica que estava de plantão no evento ao Hospital Municipal Souza Aguiar. “Estamos totalmente desolados com o ocorrido e ficamos inteiramente à disposição para qualquer suporte necessário. Estamos trabalhando junto as autoridades para esclarecer de fato o que provocou tal fatalidade. Assim que tivermos um parecer técnico do caso, voltaremos com outros esclarecimentos. O dia é de extrema tristeza e de luto”.
A Polícia Civil informou que a 6ª Delegacia de Polícia (Cidade Nova) está convocando amigos de Maria Fernanda, os organizadores do evento e a Secretaria Municipal de Cultura para depor sobre o local atrás do palco.
Terreirão do Samba
O Terreirão do Samba é administrado pela Secretaria Municipal de Cultura, que, até o fechamento da matéria, não tinha se posicionado sobre a morte da estudante.
Instalado dede 1991 em um terreno de mais de 12 mil metros quadrados na Praça XI, o Terreirão do Samba foi reinaugurado em fevereiro de 2012 pela prefeitura do Rio. A nova estrutura funciona com dois palcos com iluminação cênica, 75 banheiros, 35 quiosques de alimentação, posto médico, prédio administrativo e camarotes. A reforma custou R$ 15,3 milhões.