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GDF quer urgência em licitação de obra na rodoviária de Brasília

Interdição de plataforma altera rotina no trânsito
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/06/2019 - 11:33
Brasília
O impacto da greve dos caminhoneiros agora chega ao transporte coletivo do DF, as empresas de ônibus têm estoque de combustível suficiente para, no máximo, domingo
© Marcello Casal Jr/Agência Brasi

O Governo do Distrito Federal (GDF) tenta, junto ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), a aprovação para alterar, de normal para emergencial, a licitação de uma das obras que está sendo implementadas na rodoviária do Plano Piloto, localizada na região central de Brasília. A expectativa das autoridades locais é de que a aprovação, pelo tribunal, ocorra até 1º de julho.

Vistorias feitas pela Novacap detectaram uma dilatação de 0,4 centímetro para 1,5 centímetro nas fissuras da estrutura ao longo de apenas 3 meses. Essas estruturas são responsáveis pelo sustento do piso superior da rodoviária.

Diante da situação, o GDF avaliou que o processo de licitação normal não seria o mais adequado, devido aos riscos e ao transtorno que uma obra demorada causaria para a população. Ao todo serão reestruturadas 180 vigas.

Em entrevista ao jornalista Valter Lima, no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília, emissora da EBC, o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, disse que a obra tem caráter preventivo. " Era prudente que fosse feita a interdição para fazer logo a recuperação, e para que não tenhamos nenhum risco de desabamento".

A fim de reduzir custos, dar celeridade à obra e melhorar a qualidade da estrutura, o material a ser usado será fibra de carbono. Segundo nota do GDF, material “mais moderno, resistente e econômico que o de aço”. Ele será aplicado no interior das vigas de concreto, “aumentando em dez vezes a resistência da estrutura impactada diariamente pela passagem de veículos na plataforma superior”.

A previsão do GDF é de a obra ser iniciada em 15 dias, durando aproximadamente três meses para ser concluída a um custo de R$ 6 milhões. A instabilidade da plataforma levou as autoridades locais a alterarem o fluxo do trânsito nas proximidades.

“Para garantir a qualidade na aplicação das ligas de fibra de carbono, o DFTrans executa uma operação de desvio do trânsito somente de ônibus e caminhões nas vias de acesso à plataforma superior no período da manutenção”, explico, por meio de nota, o GDF.

Além disso, nenhum veículo poderá atravessar a via que liga o Shopping Conjunto Nacional ao Conic, no sentido Norte-Sul. “Por ali o trânsito será totalmente interrompido e só será permitida a passagem de pedestres e ciclistas. Os estacionamentos da parte superior da rodoviária também serão temporariamente interditados”, explicou.

O tráfego de carros e motocicletas será permitido apenas na pista que liga o Eixo L Sul ao Eixo L Norte. Porém, quem estiver indo da Asa Sul para a Asa Norte poderá seguir na mesma via, porém com apenas duas faixas de acesso liberadas. A terceira faixa será revertida para atender o fluxo dos motoristas que seguem em sentido contrário.

A medida de segurança tomada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) será adotada durante as obras de recuperação das vigas de sustentação do terminal.

Os pontos de ônibus que ficavam na pista da plataforma superior entre o Conjunto Nacional e o Conic, serão transferidos provisoriamente para uma parada instalada no paredão localizado ao lado do chamado Buraco do Tatu.

Ônibus e caminhões que vierem pelo Eixo W Norte terão de entrar no acesso ao Eixão Norte, contornar a rodoviária pela alça oeste, retomar o acesso ao Eixão Sul (lateral ao Buraco do Tatu) e prosseguir no Eixo W Sul. No sentido contrário, a circulação de caminhões será a partir do último acesso do Eixo L Sul ao Eixão Sul, contornam a rodoviária pela alça leste, retomam o fluxo na lateral do Eixão Norte e prosseguem pelo Eixo L Norte.