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Governo deve ampliar funções do Inpe, diz ministro Marcos Pontes

Instituto terá dados sobre oceanos, Antártida, entre outros temas
Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 12/12/2019 - 16:41
São Paulo

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, anunciou hoje (12) que, no ano que vem, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outras organizações vinculadas à pasta irão passar por modificações. Segundo ele, a remodelação tem por base diretivas do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), subordinado ao ministério.

No caso do Inpe, disse o titular do MCTIC, a mudança implicará em um acréscimo nos levantamentos pelos quais responde. "Dentro dessa reestruturação para melhoria de gestão e para alinhamento, digamos assim, de atividades de sinergia entre os institutos, o Inpe deve receber um acréscimo em termos de dados e coletar não só esses dados que já faz, ou seja, meteorologia, queimadas, desmatamento, mas também devem ser somados dados sobre oceanos, da Antártica, poucos tipos de dados sobre terreno brasileiro, agricultura etc, para formar um grande repositório", afirmou, na abertura do Fórum Regional sobre Inteligência Artificial na América Latina e Caribe, coordenado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em conjunto com o governo brasileiro e com a Universidade de São Paulo (USP). A programação segue até amanhã (13).

Atualmente, fazem parte das atribuições do Inpe estudos e experimentos nos campos da aeronomia, astrofísica e geofísica espacial. O instituto também apresenta informações de previsão de tempo e nas área de estudos climáticos, engenharia e tecnologia especial e observação da Terra. 

O ministro pontuou que a proposta é estabelecer uma ligação entre o arquivo, processado por um supercomputador de origem nacional, e bancos de dados de outros países. O objetivo final é criar uma ferramenta de monitoramento climático. 

"Esse trabalho em conjunto, tenho certeza de que vai ser muito mais eficiente, do ponto de vista global, do que um só país fazendo ações isoladas. Nós vivemos em um sistema, que exige respostas em sistema também", justificou Marcos Pontes.