Estátua em monumento a Marechal Deodoro da Fonseca é furtada no Rio

Com 400 kg e 2 metros de altura, estátua representava mãe do marechal

Publicado em 17/02/2020 - 11:01 Por Ana Cristina Campos* – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Uma das estátuas que compõe o monumento em homenagem ao Marechal Deodoro da Fonseca, no Centro do Rio de Janeiro, foi furtada neste fim de semana. A escultura em bronze pesa cerca de 400 quilos, tem em torno de dois metros de altura e representa a mãe do Marechal, dona Rosa Paulina da Fonseca. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, entre 1889 e 1891.

A Polícia Civil informou que o registro do caso foi feito na 9ª DP (Catete), que abriu inquérito para apurar os fatos. “Foi realizada a perícia no local. Diligências estão sendo feitas para identificar e prender os autores”, diz a nota da polícia.

Segundo a Gerência de Monumentos e Chafarizes, vinculada à Subsecretaria Municipal de Conservação, no caso de vandalismo ou furto de grandes peças, como a da mãe do Marechal, é necessário fazer um levantamento orçamentário, depois uma licitação para que seja confeccionada uma nova escultura e feita a reposição.

O restaurador e fundador do grupo SOS Patrimônio, Marconi Andrade, lamenta que mais um monumento da cidade seja danificado. Segundo ele, o monumento, que data de 1937 e abriga os restos mortais do marechal Deodoro e de sua esposa, é alvo de furtos frequentes de figuras históricas e placas informativas. O objetivo dos criminosos é derreter e vender o bronze das peças. Para Andrade, falta fiscalização constante do patrimônio histórico e cultural.

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A escultura em bronze pesa cerca de 400 quilos, tem em torno de dois metros de altura e representa a mãe do Marechal, dona Rosa Paulina da Fonseca. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, entre 1889 e 1891.
A escultura em bronze pesa cerca de 400 quilos, tem em torno de dois metros de altura e representa a mãe do Marechal, dona Rosa Paulina da Fonseca. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente do Brasil, entre 1889 e 1891. - Tânia Rêgo/Agência Brasil

 

A estátua em bronze em homenagem a Noel Rosa, em Vila Isabel, na zona norte, é outro monumento cujas peças eram constantemente furtadas. Segundo a Subsecretaria Municipal de Conservação, o monumento foi retirado temporariamente e guardado no galpão da prefeitura para salvaguardar as peças que sofreram danos e que não foram furtadas.

Com um dos maiores acervos do país, a gerência cuida, atualmente, de 1.371 monumentos (entre bustos, esculturas, estátuas, relógios e chafarizes). O órgão informou manter um contrato de manutenção de cerca de R$ 900 mil. Os monumentos sob a tutela do município são vistoriados e os reparos necessários, como limpeza, conserto hidráulico, elétrico e reposição de pequenas peças são programados para que sejam executados ao longo do ano.

Um dos casos de maior repercussão no Rio foi o sumiço de seis vigas retiradas do Elevado Perimetral, na zona portuária, que pesavam mais de 110 toneladas. A Perimetral foi demolida como parte do projeto de construção do projeto Porto Maravilha.

Os óculos da estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, na Praia de Copacabana, também são alvo constante de furto.

 

*A matéria foi atualizada às 12h32 
 

 

Edição: Lílian Beraldo

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