logo Agência Brasil
Geral

Morre, no Rio, o artista plástico Daniel Azulay

Artista lutava contra leucemia e contraiu coronavírus
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/03/2020 - 23:13
Rio de Janeiro
Daniel Azulay Oficial/Direitos Reservados
© Daniel Azulay Oficial/Direitos Reservados

O artista plástico Daniel Azulay, de 72 anos, morreu na tarde de hoje (27), na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio, onde estava internado há duas semanas. O artista  lutava contra uma leucemia e contraiu o novo coronavírus (covid -19), que acabou agravando o quadro do paciente. 

Em sua página em uma rede social, foi publicada a notícia da morte do artista:  “Com extremo pesar comunicamos que nosso querido Daniel Azulay faleceu hoje à tarde no Rio de Janeiro. Ele estava tratando uma leucemia e contraiu coronavírus. Sua alegria continuará em todos nossos corações para sempre. Faremos rezas virtuais para ele nos próximos dias em virtude do isolamento. Daniel, Te amamos”!!!

Entre as crianças, a criação de Daniel Azulay que fez mais sucesso foi A Turma do Lambe Lambe. Criada em 1975, o programa ficou no ar durante 10 anos, primeiro na antiga TV Educativa (TVE) e depois na Rede Bandeirantes, sempre apresentada por Daniel Azulay, que mostrou o mundo do desenho e da arte para milhares de crianças em todo o Brasil.

A volta à televisão ocorreu em 1996 com o programa Oficina de Desenho Daniel Azulay na TV Bandeirantes, que tinha vários quadros com a Turma do Lambe Lambe e introduziu também o personagem Azulinho, uma versão da Emília, de Monteito Lobato, de Daniel Azulay.

Entre 2003 e 2004 foi ao ar no Canal Futura o programa Azuela do Azulay, que contou com algumas aparições dos personagens. Entre 2006 e 2007 foi lançada uma série de minicurtas em animação para a TV Rá-Tim-Bum.

Revista em quadrinhos

De 1982 até 1984 foi publicada a revista da Turma do Lambe Lambe pela Editora Abril, que teve 20 edições. Em 2015, Ediouro lançou o Almanaque da Turma do Lambe-Lambe, em comemoração aos 40 anos da franquia.

Azulay influenciou a geração dos anos 80, que aprendeu com ele a desenhar, construir brinquedos com sucata doméstica e a importância da reciclagem e sustentabilidade em defesa do meio ambiente. Recentemente, viajava pelo mundo expondo, fazendo palestras e conduzindo workshops de arte, educação e responsabilidade social.