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Museu do Pontal, no Rio, fará live sobre o jongo

Jongo é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Brasileiro
Cristina Índio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/03/2021 - 14:17
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Roda de Jongo em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia, em defesa da Casa do Jongo da Serrinha, em Madureira, que fechou devido ao corte de verba da Prefeitura (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O Museu do Pontal, no Rio de Janeiro, fará hoje (29), às 17h, em seu canal no YouTube, a live Saravá, Jongo, Saravá – pontos de luta e resistência. O jongo foi reconhecido, em 2005, como Patrimônio Cultural Brasileiro pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em sua Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais.

O tema do debate desta segunda-feira é considerado uma importante festa afro-brasileira. A live é uma transmissão ao vivo feita por meio das redes sociais

O encontro virtual terá a participação de pesquisadoras e lideranças desta manifestação da cultura popular brasileira, como Maria de Fátima da Silveira Santos, liderança do Jongo de Pinheiral do Rio de Janeiro; Jussara Adriano de Souza, quilombola e integrante do Jongo do Bracuí de Angra dos Reis; Elaine Monteiro, coordenadora do Pontão de Cultura do Jongo/Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Martha Abreu, professora do Instituto de História da UFF e pesquisadora da cultura afro-brasileira.

Tendo no acervo de mais de 9 mil obras de 300 artistas de várias regiões do país, o Museu do Pontal, uma referência da arte popular brasileira, possui esculturas e modelagens retratando a dimensão plástica do universo jongueiro, como Jongo, de Sebastião de Oliveira, conhecido como Padeiro Oliveira.  A data do nascimento dele é incerta, mas há uma indicação que seria por volta de 1898, em Taubaté (SP). O artista é considerado como um dos mais antigos ceramistas de sua cidade, onde ganhou o apelido de padeiro, atividade que exerceu na adolescência. Ele modelava o barro com a esposa Anastácia e, juntos, produziram vasto material. Padeiro não teve filhos e morreu na sua cidade, em 1972, sem alcançar o reconhecimento merecido.

Recursos da Lei Aldir Blanc

O projeto foi contemplado pelo Edital Fomento a Todas as Artes, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, com recursos da Lei Aldir Blanc, do governo federal. Conta ainda com o patrocínio da Vale, do Itaú e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A inauguração da nova sede do Museu do Pontal, na Barra da Tijuca, está prevista para julho deste ano. A instalação tem um terreno de 14 mil metros quadrados, próximo ao Bosque da Barra, e com isso o espaço cultural vai ampliar seu raio de atuação e de programação, se caracterizando como um dos mais relevantes equipamentos de arte e cultura do Rio de Janeiro. O museu promove também projetos sociais, ambientais e educacionais. 

A nova sede está voltada para uma área verde e vista privilegiada para a Pedra da Gávea e outras montanhas que fazem parte de um conjunto chamado de Gigante Adormecido, que se estende por 20 quilômetros.