Cientistas da Universidade de Tel Aviv descobriram que as plantas são capazes de emitir ruídos quando submetidas a situações de estresse, como a privação de água ou o corte dos caules.
A pesquisa foi publicada na revista científica Cell. A equipe de cientistas gravou sons produzidos em tomate e tabaco cultivados em estufas. No entanto, apesar de terem sido captados pelos instrumentos de medição usados pelos pesquisadores, os sons não são audíveis para os seres humanos.
As principais descobertas do estudo são: as plantas emitem cliques e estalos na faixa de 40 a 80 quilohertz (o ouvido humano só consegue captar sons até uma faixa próximados 20kHz); os ruídos puderam ser captados a uma distância de 5 metros; as plantas que tiveram os caules cortados ou que estavam sem água emitiram mais "barulho" e em maior velocidade.
Quando estão bem, elas produzem menos de um som por hora. Quando se encontram estressadas emitem muito mais, entre 30 e 50 por hora.
Para conseguir esse resultado, os cientistas treinaram um algoritmo de inteligência artificial que identifica a planta e a causa do estresse com base no tipo de ruído apresentado.
Os sons são emitidos com maior frequência após dois dias sem água, atingindo o pico no quinto ou sexto dia e só diminuindo quando a planta seca.
Ainda não se sabe como eles são produzidos mas os cientistas suspeitam de um processo chamado cavitação, onde as colunas de água em caules de plantas desidratadas se quebram, gerando bolhas de ar.
A descoberta pode ser útil para tornar a irrigação mais eficiente. Com o uso de microfones e sensores será possível detcetar quando as plantas estão precisando de mais água.
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