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Prêmio seleciona 300 bibliotecas comunitárias e paga R$ 30 mil a cada

Edital disponibilizou R$ 9 milhões no edital
Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 09/02/2024 - 19:12
Brasília
Brasília (DF) 09/02/2024 - O Prêmio Pontos de Leitura de 2023 selecionou 300 bibliotecas comunitárias de todo o país para pagar R$ 30 mil a cada em reconhecimento a ações de fortalecimento da prática de leitura no Brasil
Foto: Raíssa Martins/Arquivo Pessoal
© Raíssa Martins/Arquivo Pessoal

O Prêmio Pontos de Leitura de 2023 selecionou 300 bibliotecas comunitárias de todo o país para pagar R$ 30 mil a cada em reconhecimento a ações de fortalecimento da prática de leitura no Brasil. O resultado da premiação foi publicado nessa quinta-feira (8) pelo Ministério da Cultura (MinC), que lançou a iniciativa no ano passado.

A escritora e fundadora do projeto Livres Livros, Raíssa Martins, comemorou o resultado do edital. “[O prêmio] é muito importante para projetos como o nosso porque quem trabalha com educação nesse país, e com livre leitura, é muito difícil receber investimentos. Receber ajuda financeira para a gente é revolucionário, porque nos capacita mais, e nos dá uma esperança”.

Inaugurada em 2015, a biblioteca Livres Livros fica em Salvador, onde tem um acervo de cerca de 10 mil livros. Além da casa principal, o projeto criou 72 minibibliotecas em cinco municípios baianos, que são pequenas casas de madeiras colocadas na rua com livros dentro. O programa também adota leitores de comunidades periféricas, que receberam livros gratuitos. O projeto distribuiu, para leitores e outras bibliotecas, mais de 50 mil exemplares.

Brasília (DF) 09/02/2024 - Personagem Raíssa Martins - O Prêmio Pontos de Leitura de 2023 selecionou 300 bibliotecas comunitárias de todo o país para pagar R$ 30 mil a cada em reconhecimento a ações de fortalecimento da prática de leitura no Brasil
Foto: Raíssa Martins/Arquivo Pessoal
Projeto fundado por Raíssa Martins, o LIvres Livros foi contemplado no edita. - Raíssa Martins/Arquivo Pessoal

Raíssa conta que o projeto vive de doações da sociedade civil e de empresas, além do desejo de fazer os livros chegaram ao povo pobre que não tem acesso à leitura e às bibliotecas.  

“A gente vê que as pessoas gostam de ler. Se eu mantenho esse projeto, com os sacrifícios pessoais que eu faço, é porque eu vejo o quanto ele chega onde tem que chegar. São os olhos que brilham por um livro que movem a gente a continuar nessa caminhada tão difícil que é semear conhecimento. Como dizia Castro Alves: bendito aquele que semeia livro e faz o povo pensar”, destacou a fundadora do projeto Livres Livros.

As bibliotecas comunitárias são iniciativas coletivas, criadas e mantidas por uma determinada comunidade, sem intervenção do poder público, com ações voltadas à mediação de leitura, criação literária e ampliação do acesso ao livro.

Minc

Segundo o Ministério da Cultura, os projetos selecionados são diversos e contemplam diferentes públicos e territórios.  

“Entre os projetos premiados, estão bibliotecas comunitárias localizadas em aldeias indígenas, territórios quilombolas, áreas de assentamento rural, periferias urbanas. Também foram selecionadas bibliotecas comunitárias que atuam no fortalecimento de temáticas específicas, como a literatura de cordel, literatura indígena, gibis, autoria negra e LGBTQIA+”, informou o ministério.

Das 300 bibliotecas premiadas, 12 são da Região Sul, 26 são do Centro-Oeste, 61 do Sudeste e 156 do Nordeste, região que recebeu 50% das premiações. Ao todo, o edital disponibilizou R$ 9 milhões.