Rússia condena apoio de países ocidentais à Ucrânia

Publicado em 21/01/2014 - 12:01 Por Da Agência Brasil* - Brasília

Brasília - A Rússia condenou o "apoio indecente" dado por alguns governos europeus à oposição ucraniana, declarou hoje (21) o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov. "Teríamos preferido que alguns dos nossos colegas europeus não se comportassem com tão pouca cerimônia relativamente à crise ucraniana", disse.

Lavrov reagia à reunião entre representantes da União Europeia (UE) com lideranças do movimento de oposição ao presidente ucraniano, Viktor Ianukovitch, e de uma visita de líderes europeus ao centro dos protestos, em Kiev.

"Membros de vários governos europeus foram para a Praça da Independência e participaram de manifestações antigovernamentais em um país com o qual mantêm relações diplomáticas. Isso é simplesmente indecente", disse Lavrov, em referência a acontecimentos ocorridos em dezembro de 2013.

Vários líderes europeus, incluindo o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle, e a secretária de Estado adjunta norte-americana, Victoria Nuland, estiveram entre os manifestantes, em dezembro, na Praça da Independência.

O chefe da diplomacia russa considerou que a situação na Ucrânia está fugindo do controle das autoridades. Lembrou que os manifestantes que estão há dois meses na Praça da Independência, no centro de Kiev, também ocuparam edifícios públicos como a Câmara Municipal. "Imaginem se isso acontece em um dos países da UE. Possível? Nunca seria autorizado", disse.

"Agora são os ataques contra a polícia, incêndios, coquetéis molotov. É uma violação de todas as normas europeias", acrescentou o ministro.

As manifestações na Ucrânia começaram há dois meses, depois de o presidente Ianukovitch ter recusado um acordo de associação com a UE, em prol de uma aproximação com a Rússia de Vladimir Putin. A UE acusou a Rússia de ter pressionado a Ucrânia por meio de ameaças econômicas.

Bruxelas e Washington acusaram ontem o governo ucraniano de ter levado a uma escalada dos confrontos com a oposição, ao adotar leis consideradas repressivas contra os manifestantes.

* Com informações da Agência Lusa
 

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