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Internacional

É recorde número de pessoas que morrem no Mediterrâneo tentando chegar à Europa

Da Agência Lusa
Publicado em 10/12/2014 - 07:20
Genebra
epa04414407 Syrian refugees wait at the Syrian-Turkish border near Sanliurfa, Turkey, 24 September 2014. The Islamic State assault against dozens of Kurdish villages in northern Syria could create a mass exodus, with up to 400,000 seeking refuge in neighbouring Turkey, a United Nations official warned. According to Turkish authorities, 138,000 Kurdish Syrians have poured into the country since late last week. It is unclear if the entire population of the region will ultimately end up fleeing, UN refugee agency (UNHCR) spokeswoman Melissa Fleming said.  EPA/SEDAT SUNA
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epa04414407 Syrian refugees wait at the Syrian-Turkish border near Sanliurfa, Turkey, 24 September 2014. The Islamic State assault against dozens of Kurdish villages in northern Syria could create a mass exodus, with up

Sírios aguardam na fronteira com a Turquia para fugir dos ataques do Estado Islâmico EPA/Sedat Suna

Mais de 3,4 mil pessoas morreram este ano nas águas do Mediterrâneo enquanto tentavam chegar à Europa, informou hoje (10) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Mais de 207 mil pessoas fizeram a perigosa travessia marítima desde janeiro, quase três vezes o número dos que se arriscaram em 2011, durante a guerra civil na Líbia (70 mil pessoas), segundo o Acnur.

Desses, 3.419 morreram, um número recorde, tendo em vista o total de mortes de migrantes em barcos em todo o mundo neste ano (4.272).

A maioria das pessoas partiu da Líbia em direção à Itália e Malta, em busca de emprego ou asilo – os números incluem 60.051 sírios e 34.561 eritreus.

Os dados foram divulgados no início de uma reunião de dois dias em Genebra com o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Antônio Guterres, em que se discutem formas de proteger as pessoas que se arriscam a fazer essas travessias para escapar de perseguições, guerras, instabilidade e pobreza.

Guterres alertou que muitos estados parecem estar mais preocupados em defender as fronteiras do que em prevenir mortes.

Sem citar países específicos, o ex-primeiro-ministro português classificou essa atitude de "a reação errada numa época em que números recorde de pessoas estão fugindo de guerras".