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Internacional

Ministro alemão: acordo em Minsk é ponto de partida para cessar-fogo na Ucrânia

Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/02/2015 - 15:37
Brasília
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© Arte/Dijor
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, durante assinatura de atos, no Palácio Itamaraty (José Cruz/Agência Brasil)

Frank-Walter  Steinmeier  comentou  o  acordo  em Minsk  após  encontro  com  o  chanceler  brasileiro, Mauro Vieira, em Brasília  José Cruz/Agência Brasil

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, disse hoje (13) que o acordo assinado ontem (12), na Cúpula de Minsk, na Bielorússia, não representa uma determinação para cessar-fogo no Leste da Ucrânia, mas um ponto de partida para atingir esse objetivo.

O acordo assinado pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e pelos presidentes da Ucrânia, Petro Porochenko; da França, François Hollande; e da Rússia, Vladimir Putin, prevê uma trégua, a partir deste domingo (15), para acabar com os conflitos no leste ucraniano, entre forças de Kiev e separatistas pró-Rússia.

“O sucesso dos esforços iniciados pela Alemanha e França não estará apenas no papel. Temos expectativas de colocá-los em prática. A partir de duas conversas feitas ontem, prevendo uma trégua, a partir da meia-noite deste sábado (14), temos esperança de que as partes envolvidas levem a sério os compromissos assumidos, para reduzir a tensão no conflito”, disse após ser recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no Itamaraty.

Segundo Steinmeier, mesmo que não seja totalmente colocado em prática, o documento é importante para possibilitar conversas na busca por um denominador mínimo. “Este acordo não está limitado a um cessar-fogo imediato, mas de cessar hostilidades e de retirar os armamentos pesados da região”, disse, ao ser questionado sobre ataques recentes feitos por rebeldes ucranianos, após a assinatura do acordo.

“O sucesso deste pacto só poderá ser avaliado quando as partes de conflito contribuírem para implementar os compromissos, o que se espera nas próximas horas ou nos próximos dias”, acrescentou Steinmeier.