Nigéria promete destruir campos do Boko Haram em seis semanas

O chefe do Conselho de Segurança da Nigéria, Sambo Dasuki, disse hoje (9) que a ofensiva multinacional contra o Boko Haram destruirá todos os campos conhecidos do grupo radical islâmico durante as próximas seis semanas.
“Todos os campos conhecidos do Boko Haram serão desmantelados”, disse Dasuki, quando perguntado sobre o que poderia ser feito contra os rebeldes antes de 28 de março, a data das eleições presidenciais e legislativas na Nigéria.
Ele disse que as eleições não serão adiadas para depois de 28 de março. A data da votação, inicialmente prevista para 14 de fevereiro, “não será alterada novamente”.
Dasuki foi o primeiro a pedir o adiamento das eleições, considerando que as forças de segurança, mobilizadas contra o Boko Haram no Nordeste do país, não poderiam assegurar a segurança dos eleitores. Sua justificativa para o adiamento do pleito foi amplamente criticada, em parte porque o Exército não é o principal responsável pela segurança das eleições na Nigéria.
A oposição e alguns observadores consideram que as eleições foram adiadas para dar mais tempo ao presidente Goodluck Jonathan para impulsionar sua campanha, que enfrenta um desafio sério por parte do ex-presidente Muhammadu Buhari.
Tropas do Chade, de Camarões e do Níger estão apoiando há vários dias o Exército da Nigéria no combate ao grupo islâmico, cuja insurreição ameaça também os países vizinhos.
O Boko Haram matou cerca de 13 mil pessoas e provocou a saída de 1,5 milhão de moradores de suas cidades desde 2009.
