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Internacional

Rubéola é erradicada oficialmente do Continente Americano

Da Agência Lusa
Publicado em 30/04/2015 - 17:30
Washington

A rubéola está oficialmente erradicada do Continente Americano – a primeira região do mundo a eliminar a doença epidêmica viral, anunciou hoje (30) a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

"A eliminação da rubéola é uma conquista histórica, que reflete a vontade coletiva dos países do nosso continente, de trabalhar em conjunto para alcançar esse objetivo ambicioso de saúde pública", disse a diretora da organização, Carissa Etienne, citada pela agência francesa AFP, em conferência de imprensa.

O último caso de de rubéola – de criança nascida com o vírus transmitido pela mãe – remonta a 2009. Mas como o vírus continua a circular em outras partes do mundo, casos isolados de infeção continuam sendo relatados por alguns países, incluindo o Canadá, a Argentina e os Estados Unidos.

A erradicação da transmissão de rubéola resultou de uma campanha de vacinação em massa, com cerca de 250 milhões de adolescentes e adultos imunizados em 32 países e territórios, entre 1998 e 2008. Antes disso, muitos casos de rubéola eram contabilizados anualmente na América do Sul e no Caribe, com pico de mais de 158 mil infectados em 1997.

Nos Estados Unidos, 20 mil crianças nasceram infectadas com o vírus durante a última grande epidemia de rubéola no país, em 1964 e 1965.

A rubéola pode causar várias deficiências de nascença ou afetar a saúde do feto, se a mãe contrair o vírus no início da gravidez.

"Nossa região já tinha sido a primeira do mundo a erradicar a varíola [em 1971] e a poliomielite [1994] – êxitos que mostram a eficácia da vacinação e a importância de disponibilizar as vacinas, mesmo nas áreas mais isoladas do continente", disse a diretora. "Agora é hora de enfrentar o sarampo", acrescentou.

O sarampo, mais contagioso do que a rubéola, reapareceu no continente em 2010, mais precisamente na Argentina, trazido por pessoas que tinham estado na África do Sul assistindo à Copa do Mundo de Futebol.

Nos Estados Unidos, que se declararam livres do sarampo em 2000, a infeção ressurgiu em 2008, devido a uma taxa reduzida de vacinação. No final de 2014, surgiu um caso de sarampo no Disney Park, na Califórnia. No entanro, o vírus não se propagou.